Ocupação no Centro Cívico: categoria vai para o embate!

Ocupação no Centro Cívico: categoria vai para o embate!


Ninguém entra. Isto é, ninguém que o governador do Estado não tenha dado permissão passará pelo cerco fechado ao redor da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). A Casa do Povo está, nesta segunda-feira (27), cercada pela Polícia Militar, pela Tropa de Choque e pelo Bope. Todo esse  aparato de segurança é para garantir que o Projeto de Lei que modifica a Paranáprevidência seja votado e aprovado nesta tarde.

Os(as) trabalhadores(as) da Educação estão na Praça Nossa Senhora da Salete, coração político do governo do Estado, e, junto a outras categorias de trabalhadores(as), também engrossam o coro de manifestantes que lutam – do lado de fora – na tentativa de barrar a aprovação do PL 252/2015. Os educadores(as) paranaenses retomaram a greve, conforme definido na última assembleia da categoria por entenderem que o governo rompeu com uma das promessas do final da última greve histórica. “O conjunto dos servidores compreendeu que o governo do não debateu por tempo suficiente o projeto da Previdência. É impossível que em um espaço de tempo tão curto, menos de um mês, as categorias entendam uma proposta tão ampla. Além disso, o texto do projeto contém uma série de medidas que tiveram o total desacordo dos servidores”, explica o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.

Professores(as), funcionários(as) de escolas, alunos(as) e representantes de outras categorias de servidores reuniram-se, logo nas primeiras horas da manhã, na Praça 19 de Dezembro, onde a concentração da passeata foi montada. Antes das 10h, uma grupos de educadores(as) organizados(as) pela APP se dirigiu até o Museu Oscar Niemeyer, onde haveria uma audiência pública, proposta pelo governo, sobre o debate social e pedagógico do Plano Nacional da Educação (PNE). A comissão esteve no local, para pedir solidariedade ao momento de mobilização e conseguiu o cancelamento da audiência. As atenções da mídia e das autoridades locais recaíram sobre a Praça Nossa Senhora da Salete, cercada por polícias, para onde milhares de educadores(as) rumaram em marcha, de braços dados, entoando canções que remetiam ao período das repressões militares.

A professora Rosângela Schimdt esteve na linha de frente da passeata e explicou o sentimento da categoria neste momento de mobilização e luta. “O governo quer meter a mão em uma contribuição que é nossa. Nossa. Dos servidores públicos! A minha escola veio em peso hoje, aqui, porque nós não temos medo. Desde o final de semana, quando o governo começou a nos ameaçar com o policiamento reforçado e com o desconto nos salários, nós decidimos vir em peso para a manifestação e vamos enfrentar tudo o que for preciso”, reforçou a professora.

O descontentamento com projeto que está na pauta da votação foi alardeado e debatido pelo sindicato e pelo conjunto de servidores(as). O Fórum das Entidades Sindicais (FES) protocolou um ofício solicitando a retirada do PL com a nova proposta de custeio da PRPrevidência. O presidente da APP explicou porque a APP, junto com FES, é contrário a tramitação dessa proposta. ”Temos um entendimento técnico que daqui há dois anos o Fundo Financeiro, da forma como está desenhado neste projeto, entre em colapso. Queremos segurança de médio e longo prazo”, explicita o professor Hermes.

A categoria continua firme, sob o sol e o clima de ameaça. Agora à tarde, em sessão ordinária, os(as) deputados(as) avaliarão a constitucionalidade do PL. Caso seja aprovado, uma sessão extraordinária poderá dar conta de aprová-lo em sua totalidade, caso não haja a apresentação de nenhuma emenda ao projeto. A APP-Sindicato está no local e tentará entrar. O clima lembra no local lembra um campo de batalha, onde, do lado de cá, as únicas armas são as vozes e alguns pedaços de giz de educadores(as) que saíram de suas salas para lutar contra os abusos aos direitos do funcionalismo público.

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