O que realmente vai acontecer com o trabalhador se a reforma for aprovada?

O que realmente vai acontecer com o trabalhador se a reforma for aprovada?

Audiência publica explica com o ex-ministro Carlos Gabas explica os riscos da Reforma da Previdência

Com o Plenarinho da Assembleia Legislativa do Paraná lotado e um pedido de desculpas do deputado Arilson Maroldi Chiorato (PT) feito aos presentes, a Audiência Pública sobre a Reforma a Previdência começou hoje (18) bem cedo em Curitiba.  “Nós, formalmente, pedimos desculpas a cada um de vocês presentes pela falta de espaço. O auditório maior da Assembleia foi solicitado, mas infelizmente esse é um tema que não recebe a devida atenção e respeito por aqui”, lamentou o deputado logo no início da sessão.

Se faltou espaço, sobrou disposição das lideranças que participaram do evento, para ouvir, entender e debater as questões que colocam em risco os direitos dos(as) trabalhadores(as) à aposentadoria. “O trabalhador precisa entender que a aposentadoria é um direito e uma conquista. Previdência é uma política publica prevista e garantida pela Constituição”, evidenciou a deputada estadual Luciana Rafagnin (PT) durante a abertura do evento.

O deputado estadual Professor Lemos (PT) explicou a necessidade de compreender o que realmente está em risco e explicou que um dos vários motivos que impulsionam a defesa pelo voto contrário à proposta. “Acompanhamos esse modelo em outros países e garantimos que isso não dará certo aqui no Brasil. O Chile, por exemplo, implementou essa proposta muito semelhante durante a ditadura de Pinochet (1974-1990). Hoje 91% dos aposentados no país recebem menos que o salário mínimo. Isso é morte. É institucionalizar um genocídio na população idosa. Temos por lá os maiores índices de suicídio entre os idosos”.

O deputado federal Boca Aberta (PRTB), mesmo sendo representante de um partido considerado ‘base aliada’ do governo federal,  manifestou publicamente seu descontentamento com a proposta de Bolsonaro (PSL). “O presidente é um que quando estava deputado [federa] batia com a mão na mesa para dizer que trabalhar até os 65 anos era um crime. Agora que virou o líder nacional ele virou o discurso”, endossa o deputado.

Para ouvir  o ex-ministro da Previdência Carlos Eduardo Gabas e organizar a luta dos(as) trabalhadores(as) estavam também presentes o ex-senador Roberto Requião (MDB) e a deputada federal Gleisi Hoffman (PT).  “Nós estamos diante de um dos maiores ataques à seguridade social da história da nossa democracia. Quem não tem dinheiro não vai conseguir se aposentar, essa é a realidade que causará não só uma crise política e econômica, mas social. Teremos idosos miseráveis e à mercê de assistencialismo do governo”, alerta a deputada.

Já Requião fez uma fala onde retomou a origem histórica da previdência, remetendo à Alemanha unificada de Otto Von Bismark “O povo perde os direitos conquistados, mas os bancos estão felizes. Observem as oscilações da bolsa [de valores], que estão batendo recordes de crescimento a cada declaração sobre a necessidade de acelerar a aprovação da Reforma. Isso é a especulação dos lucros de quem vai vender Previdência. O que está em jogo não é a aposentadoria é a implementação de um Estado que não quer ter nenhuma responsabilidade com o trabalhador”, afirma o ex-senador.

Da audiência pública, os trabalhadores(as) saíram com a tarefa de disseminar o alerta de que a Reforma da Previdência é um risco e que cada cidadão, dentro de sua esfera (local de trabalho, sindicato, comunidade escolar, etc) pode cobrar dos seus representes e participar exigindo dos(as) dos(as) deputados(as) o voto contrário à proposta. “Parte da população já não acredita que seja possível se aposentadoria. Precisamos devolver a população esse direito”, reforçou o deputado estadual Tadeu Veneri (PT).

Logo mais, no site da APP você poderá acompanhar uma entrevista exclusiva com o ex-ministro e economista Carlos Gabas. Acompanhe também no Facebook, por meio da hashtag #QuemNosDefendeÉaAPP, as ações do Sindicato em defesa da sua carreira e da sua aposentadoria.

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