“O que a vida quer é coragem”
João Guimarães Rosa – Grande Sertão Veredas
Quanta coragem vimos nestes últimos meses. Desde julho quando esse déspota desse Rato decidiu vender nossas escolas, vimos um movimento crescente de resistência por todo o Estado.
Educadores, mães, pais, avós, tios, tias, comerciantes, padres, pastores, gente de cor, de toda parte, da escola e de fora dela. Gente que lá estudou, que lá estuda e que lá quer estudar. Gente que lá constrói futuro. A luta foi árdua contra um inimigo grande, poderoso. Seus tentáculos se mostraram na mídia, no judiciário, nas instituições. Mas o trabalho de formiguinha, organizado, teve resultado.
“Não venda a minha escola” se tornou um grito de guerra não só do sindicato, mas de toda uma comunidade que viu ameaçado seu espaço de aprender. Viu sob risco o emprego do professor e da professora, do funcionário e da funcionária. Sob a espada a única chance de mudar a realidade que vive. E essa mola, que já vem sendo pressionada há tanto tempo, mostrou resiliência e força. Devolveu o rato pro esgoto junto com sua ideia nefasta. Um grande “não” foi dito a um “piá de prédio” que há 6 anos decidiu não escutar a gente. “Pegou a bola” pra si e decidiu que era dele e que podia fazer o que quer.
Já é passada a hora de alguém dizer que ele não tem o direito de “ir na janela”. Hora da gente colocar os fones no ouvido e seguir nossa marcha na defesa do que é nosso. Da nossa educação pública, gratuita, laica, de todos e todas!
Parabéns a quem lutou, a quem torceu, a quem organizou, a quem participou! Parabéns pela CORAGEM em tempos de tanta desesperança e distopia! Sempre é tempo de esperançar!
Por Luiz Fernando Rodrigues, Agente Educacional II da rede estadual, formado em Marketing e especialista em Gestão Escolar