A escola é uma das primeiras instituições onde crianças vivenciarão a discriminação de raça, gênero, classe e sexualidade. É lá que aprenderão a ler e escrever. É lá que vão aprender artes, a somar e também que alguns humanos são considerados inferiores.
É na escola que aprenderão que são negras, gays, lésbicas, dentre outros rótulos e que existem pessoas fora do padrão considerado norma. As pessoas adultas que têm uma criança sob seus cuidados, se dedicarem um tempo de escuta, ouvirão histórias sobre a discriminação no ambiente escolar. Muitas crianças que em casa são tratadas pelo nome escolhido por seus ancestrais, na escola receberão apelidos relacionados a uma característica ou status forjado nos processos de exclusão social e o nome desaparecerá nas relações. Crianças discriminam porque aprendem com adultos e a escola, consequentemente, é um ambiente que centraliza e reproduz violências contra grupos minoritários.
Dentre as situações que observei no interior das escolas, compartilharei três ara ilustrar esse argumento. Atendi na Supervisão um professor que trabalhava na Educação Infantil, que denunciou uma Diretora. Ela solicitou que ele não mais atuasse no berçário, local de direito escolhido e o remanejou para um grupo de crianças maiores, alegando que a comunidade não queria que um professor gay trocasse as fraldas. O professor não aguardou que tomássemos providencias e logo após a denúncia, pediu demissão.
Tive a oportunidade de conhecer na Educação de Adultos uma pessoa que fez a escolha de mudar o nome social em decorrência da publicação de um Decreto Municipal sobre a obrigatoriedade dos órgãos e entidades municipais incluírem o uso do nome social
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