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A partir da próxima segunda-feira (20), o Instituto Edésio Passos realiza a mostra ParanÁfrica, exposição que celebra a semana da consciência negra. O evento será sediado na Biblioteca Pública do Paraná (BPP) e segue com diversas atividades até o dia 30 de novembro.
A mostra de fotografias une diferentes perspectivas para criar um mosaico visual da rica herança afro-brasileira. Os registros feitos em São Tomé e Príncipe, na África, pelo fotógrafo Marcelo Weiss, e nas comunidades quilombolas do Paraná, pela jornalista e fotógrafa Fernanda Castro, contam histórias que nos convidam a refletir, celebrar e reconhecer a importância da consciência negra em nossa sociedade.
Entre as atividades, os(as) participantes poderão acompanhar palestras, oficinas, performances artísticas, debates, além da exposição de fotos, que deverá ilustrar o evento durante os 7 dias de duração.
No dia 21 (terça-feira), a secretária de de Promoção de Igualdade Racial e Combate ao Racismo da APP-Sindicato, Celina Wotcoski, participará da mesa de debate sobre uma educação antirracista.
O debate deverá abordar os 20 anos da Lei 10.639/03 e quais medidas educadores(as) devem tomar para auxiliar na aplicação de uma educação que preze pela equidade e tolerância dos diferentes na educação pública. Também participa da mesa a diretora do SISMMAC (Sindicato dos(as) Servidores do Magistério Municipal de Curitiba), Ângela Maria de Castro.
“Essa atividade é de grande valia, pois teremos várias oficinas. Muito nos honra em participar deste evento em uma roda de conversa para uma educação antirracista. Então a secretaria de Promoção de Igualdade Racial e Combate ao Racismo da APP estar inserida nesses espaços, falando para diferentes públicos sobre uma educação antirracista é de grande valia, é um avanço de nós pessoas negras, poder estar nos espaços e levar o conhecimento para as pessoas”, conta Celina.
Vale destacar que políticos negros(as) como Renato Freitas (PT), Carol Dartora (PT), Anderson Prego (PT) e Giórgia Prates (PT) participarão das atividades.
A secretária enfatiza que é importante que educadores(as) visitem a exposição e participem das atividades, pois esse engajamento na luta é fundamental para garantir uma educação descolonizada e antirracista.
“Compareça, terão atividades todos os dias e em vários horários. teremos atividades com vários segmentos da sociedade e esses segmentos são o povo preto que mostrará que sabe fazer e que sabe expor algo que relembre todas as lutas feitas”, completa a secretária.
Conheça o Instituto
Criado em 2016, em memória a Edésio Passos, advogado, escritor, poeta, militante político, jornalista e ativista de grandes causas humanitárias, o Instituto Edésio Passos desenvolve projetos e ações em prol de valores democráticos, da garantia e expansão dos direitos sociais e trabalhistas, da justiça social, do aperfeiçoamento da cidadania, da liberdade de expressão e de tudo que diz respeito aos avanços civilizatórios necessários em nossa sociedade para que todos tenham acesso a uma vida digna.
O IEP, uma iniciativa do advogado André Passos e do escritório Passos & Lunard, preserva a história de Edésio Passos e dá continuidade a seu legado. Sua trajetória na política, na luta pelos(as) trabalhadores(as), na resistência à ditadura, na defesa do meio ambiente, na advocacia trabalhista e no jornalismo fizeram dele um personagem essencial na história da democracia brasileira.
Sem fins lucrativos, o IEP é formado por um grupo de familiares, amigos(as) e ex-colegas de Edésio, mas também por outros profissionais, estudantes e voluntários que se identificam com essas lutas.
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