A APP-Sindicato, a União Brasileira de Mulheres UBM, Marcha Mundial das Mulheres e CUT Paraná estiveram na rodoferroviária de Curitiba na manhã desse domingo(5), para lembrar e pedir justiça pelos 9 anos da morte de Rachel Lobo Genofre, que foi estuprada, estrangulada e encontrada morta em uma mala na Rodoferroviária.
Com fotos, faixas e um informativo sobre o caso, o grupo abordou as pessoas que passavam pelo local para falar sobre o ocorrido e também sobre a violência e a impunidade de crimes contra a mulher.
“Não lembramos só da raquel, mas da Tainá e de milhares de mulheres que sofrem com atos violentos praticados por namorados, companheiros e outros homens próximos à elas. Por isso a APP tem se manifestado e ajudado a construir atos que repudiam, denunciam e cobram justiça”, destaca Lirani Maria Franco, secretária da mulher trabalhadora e dos direitos LGBT da APP-Sindicato.
Crime
Rachel Maria Lobo Oliveira Genofre estaria hoje com 18 anos. Ela foi assassinada de forma cruel. Desapareceu no dia 03 de novembro de 2008 depois de sair da escola, Instituto Estadual de Educação do Paraná, por volta das 17h30, e foi vista pela última vez na Rua Voluntários da Pátria, próximo a Praça Rui Barbosa, no centro de Curitiba.
O corpo de Raquel, na época com apenas oito anos, foi encontrado no interior de uma mala às 2h30 da madrugada de quarta-feira, 05 de novembro de 2008, por dois índios que acharam o objeto entre seus pertences, embaixo de uma escada no interior do terminal. A menina estava com o corpo seminu e apresentando sinais de violência sexual e estrangulamento. Ninguém sabe como a mala foi parar na Rodoferroviária. As câmeras de vigilância interna não estavam funcionando. Os índios chamaram um fiscal da Urbs, que abriu a mala e encontrou o corpo enrolado em lençóis e sacos plásticos, em seguida a Polícia Militar foi acionada.
Investigações
A Polícia Civil iniciou as investigações. Foram feitos vários exames de DNA. Até o pai da menina, Michael Genofre, foi apontado por uma denúncia anônima como suspeito. O exame deu negativo, assim como todos os outros. Ao longo das investigações, três pessoas chegaram a ser presas, mas a comparação dos materiais genéticos acabou inocentando os suspeitos. Um sobre lençol encontrado com a vítima é um dos indícios usados pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa para tentar localizar o autor do crime. Nove anos depois, as investigações continuam.