Nova resolução de Ratinho permite trabalho presencial até de pessoas do grupo de risco

Nova resolução de Ratinho permite trabalho presencial até de pessoas do grupo de risco

Resolução que permite ao grupo de risco pegar aulas é mais um ataque aos trabalhadores da Educação

A decisão do Governo do Paraná de permitir que professores(as) do grupo de risco peguem aulas desde que voltem ao trabalho presencial revela a crueldade dos que dirigem a Educação em nosso Estado. A medida visa forçar os(as) trabalhadores(as) a se arriscarem a própria vida para terem direito a receber salário e reforça a necessidade da greve marcada para o próximo dia 18. “A APP reafirma a decisão de não retorno presencial das aulas enquanto não tivermos segurança epidemiológica e vacina para todos os profissionais da Educação”, diz Walkiria Mazeto, secretária de Finanças da APP-Sindicato.

A Resolução 628 da Secretaria da Educação criou uma situação estapafúrdia, em que gestantes, pessoas com mais de 60 anos de idade ou com comorbidades – precisam arriscar suas vidas para ter salário. “Nossa avaliação é que isso compõe o quadro de violência que o Estado faz na negação da pandemia. O que esse Estado está oferecendo a esses trabalhadores do grupo de risco é: ou trabalhar presencialmente ou ficar sem salário”, resume Walkiria.

A diretora da APP aponta que o Estado poderia organizar o trabalho remoto para que os integrantes do grupo de risco pudessem trabalhar de casa, como fizeram no ano passado. “Em vez disso, o que o Estado diz a eles que ou vão trabalhar presencialmente mesmo sendo grupo de risco ou vão ficar sem salário”, observa Walkiria.

A Resolução 628 da Secretaria da Educação regulamenta as alterações trazidas pelo artigo 13 da Resolução 98 da Secretaria da Saúde, publicada em 3 de fevereiro deste ano, que autoriza o trabalho presencial do grupo de risco. Os únicos trabalhadores da Educação que poderiam manter o trabalho remoto sem prejuízo do salário são professores e funcionários de escola concursados em 40 horas. Os professores que têm apenas uma matrícula e os PSS do grupo de risco, que precisam pegar aulas para complementar ou formar sua renda, estão sofrendo mais um ataque do Governo do Paraná.

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