Nova Proposta de reforma no Ensino Médio dificulta acesso de jovens ao conhecimento

Nova Proposta de reforma no Ensino Médio dificulta acesso de jovens ao conhecimento

Em transmissão realizada na última segunda-feira (23), a APP-Sindicato debateu a proposta apresentada pelo governo Estadual

Diante da necessidade de debater com a categoria sobre a tentativa de desmonte do ensino médio a partir da reforma do ensino médio, a APP-Sindicato promoveu nesta segunda-feira (23), uma live sobre a temática. Com o tema: “Novo Ensino Médio: O que muda?”, a transmissão contou com a presença de integrantes “EMpesquisa – Ensino Médio em Pesquisa”, rede que realiza uma pesquisa nacional, com o foco na reforma do ensino médio. 

Falando sobre o tema, as Professoras Doutoras Edinéia Navarro Chilante (Unespar), Sandra Regina Oliveira Garcia (UEL) e Eliana Navarro Koepsel (UEM), integrantes do grupo de pesquisa abordaram principalmente a proposta da Secretaria de Estado da Educação (Seed), a qual publicou uma consulta à comunidade sobre a reforma. “Essa proposta e qualquer outra carrega em si uma visão social, uma visão de mundo que vai orientar o que será ensinado, como será ensinado e nessa proposta em específico, neste contexto que estamos vivendo é quem vai ensinar”, explica a Professora Doutora, Edinéia Navarro Chilante.

As pesquisadoras destacam ainda que o documento apresentado pela Seed apresenta sérios problemas de interpretação dos dados trazidos, omitindo também as principais discussões quanto à formação da juventude, fazendo opção pela profissionalização em detrimento de uma formação geral sólida. 

“Essa reforma fragmentada priva os(as) filhos(as) dos trabalhadores(as) ao acesso aos conhecimentos produzidos historicamente e acumulados pela humanidade e, ao mesmo tempo, promove a privatização via parceria público privada”, destaca a Sandra Regina Oliveira Garcia.

A proposta ainda dificulta o acesso dos(as)  jovens da escola pública ao conhecimento, dando ênfase na formação de trabalhadores(as) conformados com uma sociedade sem direitos sociais e democráticos e inviabiliza o acesso à escola a uma parcela significativa dos estudantes que precisam compatibilizar estudo e trabalho, além de não apresentar um diagnóstico da rede para a implantação da proposta e não explicar como será organizada matriz curricular dos três anos do EM. “A proposta materializa novas formas de dominação, na sua redefinição de um papel social para a educação”, Finaliza a Professora Doutora Eliana Navarro Koepse. 

A consulta à comunidade a respeito do Novo Ensino Médio será feita até o próximo domingo, 28 de fevereiro. A APP-Sindicato destaca que continuará debatendo com a comunidade, para que uma proposta de educação que preze uma educação humanizadora e de qualidade seja aplicada no Estado. 

Confira a Transmissão na íntegra:

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