As medidas publicadas na resolução 113/2017 são graves e penalizam os(as) professores(as) do Paraná. A resolução governamental ataca o direito já legislado da hora atividade. O governo resolveu reduzir de 35% para 25% o tempo previsto para que cada educador possa preparar as aulas, corrigir provas, atualizar leituras e preencher os registros de classe. Essa jornada de trabalho foi conquista de muita luta, inclusive, a última etapa com a greve de 2014, quando o próprio governador Beto Richa se comprometeu em promulgar a lei que está em vigor.
A segunda medida, igualmente grave e, ao nosso entendimento, ilegal, diz respeito à penalização dos(as) professores(as) que tiveram licenças e atestados médicos. Sob a alegação de que existe um excesso de afastamentos na rede, o governo resolve punir os que estiveram doentes e impõe uma medida restritiva para o futuro da saúde da categoria.
Se forem aplicadas, essas medidas fatalmente redundarão em duas consequências graves: a piora nas condições de trabalho e, por consequência, o aumento do adoecimento; e, sobretudo, reduzirá a qualidade da aprendizagem de mais de um milhão de estudantes das escolas estaduais.
Diante desse quadro, onde medidas são tomadas sem qualquer debate com os(as) servidores(as), a educação vêm dialogar com pais, mães, responsáveis, estudantes e a sociedade paranaense para que apoiem a luta dos(das) trabalhadores(as) em educação, para que possamos, juntos, fazer a defesa da escola pública do Paraná.
Seguimos em luta, pois a prioridade para o governo do Paraná é mentir!
Conselho Estadual da APP-Sindicato