Recebemos com indignação e tristeza as notícias veiculadas na imprensa com imagens da ação violenta e desproporcional da Polícia Militar do Pará, realizada nesta quarta-feira (18), que usou spray de pimenta, bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra professores(as) e servidores(as) que protestavam pacificamente em defesa da educação pública.
Reunidos em frente a Assembleia Legislativa do Pará, os(as) trabalhadores(as) denunciavam os ataques do governador Helder Barbalho (MDB) que, por meio do Projeto de Lei 729/2024 pautado para votação em regime de urgência, modifica o PCCR, extingue o Estatuto do Magistério e retira diversos direitos da categoria.
Sem diálogo com os(as) servidores(as) e com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Pará (Sintepp), o governo paraense usa a cartilha do autoritarismo e a violência estatal para impor o desmonte do ensino público, precarizar as condições de trabalho e penalizar os(as) educadores(as).
A APP-Sindicato repudia com veemência a violência das forças de segurança e os ataques perpetrados pelo governo estadual, que vão na contramão da valorização e do fortalecimento da educação no estado. Sabemos o que os(os) educadores(as) estão passando, pois em 2025 se completarão 10 anos do Massacre do 29 de Abril.
Também manifestamos profunda solidariedade à luta legítima em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade, e reafirmamos nosso compromisso intransigente na defesa dos direitos dos(as) trabalhadores(as).
Curitiba, 19 de dezembro de 2024
Direção Estadual da APP-Sindicato
