Com profunda tristeza e indignação, prestamos nossa solidariedade e enviamos nosso carinho à família e aos amigos de Júlia Beatriz Garbossi e Daniel Takahashi Suzuki, vitimados(as) por um feminicida em Londrina neste domingo (3).
O assassino agiu movido pelo machismo e o sentimento de posse sobre a ex-namorada, que sobreviveu ao ataque. O autor do crime invadiu a residência da ex-companheira e encontrou seu atual namorado, Daniel, e a amiga, Júlia, esfaqueando os(as) três.
Júlia, estudante da UEL de apenas 23 anos, teria tentado proteger os(as) amigos(as). Ainda na noite de domingo, o Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS), divulgou uma nota de pesar. “Você foi exemplo de coragem e nunca será esquecida”, escreveu a entidade.“Desejamos nossos sentimentos a todos que conheciam Júlia. A grande perda de uma mulher estudante corajosa, que lutou bravamente para proteger os amigos”, diz a nota.
A APP destaca a posição do Observatório de Feminicídios Londrina (Néias), que aponta um feminicídio tentado e outro consumado. “Tratar feminicídio como ‘crime passional’ em nada contribui para o entendimento social deste fenômenos”, afirmou o observatório em nota.“Precisamos que haja entendimento de que vítimas de feminicídio tentado são atacadas unicamente por serem mulheres e necessitam de um olhar cuidadoso e imediato”, conclui.
A APP, por meio da sua Secretaria da Mulher Trabalhadora, reitera a sua solidariedade a todas as mulheres vítimas de violência e o compromisso com uma sociedade livre do machismo e da misoginia.
Parem de nos matar!