A estudante Camila Lanes, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), foi agredida na última terça-feira, dia 21, após a uma audiência pública na Comissão Especial que analisa o projeto de lei da Escola Sem Partido (PL 7180/2014). Além de Camila, outras companheiras que acompanhavam o debate foram hostilizadas por um grupo de homens na saída da Câmara de Deputados. Elas foram perseguidas, empurradas e xingadas (chamadas de vadias, vagabundas, petistas e comunistas) por um grupo de homens, defensores da proposta da Escola Sem Partido. Lamentamos que esta situação tenha acontecido na Câmara Federal, local no qual deveria existir o zelo e respeito pela democracia. Atitudes misóginas não podem ser aceitas em qualquer espaço, muito menos em espaços democráticos e precisam ser coibidos em respeito ao Estado Democrático de Direito e a dignidade da pessoa. Repudiamos veementemente o ocorrido mas, infelizmente, o acontecido só reflete o grau fascista dos grupos que defendem a proposta da Escola Sem Partido. A APP-Sindicato tem feito severas críticas ao projeto e aos seus(suas) defensores(as), uma vez que representam o que há de mais retrógrado na educação e na sociedade. Nossa solidariedade a presidenta da Ubes e as demais companheiras. Uma educação pública de respeito às diversidades, a dignidade das pessoas e a liberdade de ensinar é, também, nosso desejo. Assim, como é nossa a luta das mulheres contra misoginia, machismo e patriarcado que se revelam nas atitudes como as descritas no último dia 21.
Direção Estadual da APP-Sindicato
