Durante a manhã de sexta-feira (28), servidores(as) públicos estaduais se mobilizaram em frente à Secretaria de Estado da Educação (Seed) para cobrar do secretário da educação, Renato Feder, sobre o terrorismo que a instituição vem praticando com os(as) trabalhadores(as) que estão em greve. No interior, os atos ocorreram em frente aos Núcleos Regionais de Educação.
Segundo relatos recebidos pela APP-Sindicato, servidores(as) da educação estão sendo ameaçados de demissão, lançamento de faltas e desconto. A secretaria tem enviado também comunicados diários à diretores(as) e educadores(as) com ameaças para tentar desmobilizar a categoria.
“A greve é um instrumento garantido na constituição, ela é legítima. O que o governo faz é ilegal e absurdo e já denunciamos ao Ministério Público”, afirma Hermes Leão, presidente da APP-Sindicato.
Mesmo com diversos pedidos para ser realizada uma reunião com o secretário, os servidores(as) e representantes sindicais não foram recebidos por Feder, que justificou a situação alegando que foi uma determinação do governador Ratinho Junior (PSD). “Nós não estamos aqui para atacar o governo. Nossa greve não é contra o governador, mas sim por direitos”, enfatiza Leão.
Calote da data-base é GRAVE
Além desta denúncia, servidores(as) cobram do governo negociação da data-base. “Infelizmente o governo optou por não dialogar com as categorias e tentar criminalizar o movimento e colocar a sociedade contra os(as) servidores(as). Queremos negociar e encontrar saídas para o impasse”, finaliza Hermes.
Após o ato, servidores(as) decidiram por votação que cada Núcleo Sindical presente realize visitas em escolas que ainda não aderiram a greve. O objetivo é parar o maior número de trabalhadores(as) possível.
Estiveram presentes durante o ato representantes do Fórum das Entidades Sindicais (FES), representantes de sindicatos de diversas categoria, além do presidente da CNTE, Heleno Manoel Araújo Filho.