Realmente depende de nós acreditar, votar e não perder princípios como a defesa dos nossos direitos. Para quem almeja os próximos anos de um país mais igualitário e com prioridades para as áreas essenciais como a educação, a saúde e a segurança, é hora de analisar e avaliar as propostas e compromissos de cada candidato.
Descobrir qual é a principal razão do seu voto faz toda a diferença neste momento eleitoral em reta final. Que escola pública você defende? Temos dois candidatos, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL), em campos opostos de partidos e propostas apresentadas durante todo o período eleitoral. Para nós, alguns pontos são cruciais na defesa de uma escola pública de qualidade, gratuita e laica para todos(as). Uma escola mais democrática e bem equipada, com menos estudantes por turma, professores(as) e funcionários(as) valorizados(as). Se é isso que você também defende, é momento de comparar os projetos e definir quem te representa.
Um dos principais pontos já mostrados pela APP-Sindicato foi a votação contra ou a favor da Emenda Constitucional 95. Relembre (aqui) se é possível educar melhor sem investir e tire a sua conclusão. É possível destacar muitos outros pontos, pois a pauta do Sindicato é extensa e completa. É preciso avaliar qual o impacto de cada candidatura para todas as nossas reivindicações.
Educação e as principais propostas dos candidatos, olhe e pesquise, informe-se bem e pense no futuro que você quer:
Jair Bolsonaro (PSL) – Expurgar a ideologia de Paulo Freire. Na prática significa bloquear a educação libertadora, justa e igualitária (veja aqui). – Ampliar a oferta de matemática, ciências e português, em detrimento das matérias como sociologia, filosofia, história e artes. – Valorizar a Educação à Distância como alternativa para as áreas rurais e adoção do método no Ensino Fundamental, Médio e Universitário. A APP-Sindicato evidencia os riscos e destaca o direito dos(as) alunos(as) do campo à escola presencial (leia aqui). – Estimular o empreendedorismo, incentivando parcerias entre pesquisadores de cientistas das universidades com empresas privadas. (saiba mais). – Não disponibilizar mais recursos para alcançar metas educacionais. – Propor a diminuição do percentual de vagas para cotas raciais. – Ampliar o número de escolas militares, fechando parcerias com as redes municipal e estadual. Em dois anos, ter um colégio militar em cada capital. Fazer o maior colégio militar do país em São Paulo, no Campo de Marte. Afinal, entenda o que existe de fato no entorno da militarização das escolas (clique aqui). |
Fernando Haddad (PT) – Garantir o Piso Salarial Nacional. – Cumprir a Meta 20 do Plano Nacional de Educação (PNE), que trata de financiamento, revogando a Emenda Constitucional 95 (EC95), investindo progressivamente 10% do PIB em educação e implementando o Custo-Aluno-Qualidade (QAQ). – Criar convênio entre Estados e o Distrito Federal para que o governo federal se responsabilize por escolas de Ensino Médio com altos índices de violência e baixo rendimento no IDEB. – Instituir o programa Escola com Ciência e Cultura como contraponto ao Escola Sem Partido, transformando as unidades educacionais em espaços de paz, reflexão e investigação científica. – Retomar a centralidade da Educação de Jovens e Adultos, promovendo ações de redução do analfabetismo, ampliando vagas e retomando políticas de assistência que permitam a conclusão dos estudos. – Retomar os investimentos na Educação do Campo, Indígena e Quilombola, com formação de professoras(es), construção e reforma de escolas, transporte e alimentação escolar. – Fortalecer o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), oferecendo experiência docente nas escolas públicas aos estudantes universitários de pedagogia e licenciatura, com ênfase no reforço ao processo de alfabetização das crianças. – Priorizar o Ensino Médio. Nesse quesito, criar o Programa Ensino Médio Federal, ampliando a participação da União nesse nível de ensino — algumas das propostas são fazer convênio com Estados para assumir escolas situadas em regiões de alta vulnerabilidade e criar um programa de permanência para jovens em situação de pobreza. Além disso, revogar a reforma do Ensino Médio do governo Michel Temer. |
O cenário dos(as) representantes do Paraná em Brasília já foi decidido e cabe a você, eleitor(a), agora cobrar as promessas de campanha para a gestão dos próximos quatro anos. Confira:
- 2 Senadores:
– Professor Oriovisto Guimarães (Podemos)
– Flavio Arns (Rede)
- 30 Deputados(as) Federais:
– Sargento Fahur (PSD)
– Felipe Francischini (PSL)
– Gleisi Lula (PT)
– Luizão Goulart (PRB)
– Sandro Alex (PSD)
– Leandre (PV)
– Paulo Martins (PSC)
– Gustavo Fruet (PDT)
– Giacobo (PR)
– Hermes Frangão Parcianello (MDB)
– Christiane Yared (PR)
– Diego Garcia (Pode)
– Luciano Ducci (PSB)
– Aliel Machado (PSB)
– Sergio Souza (MDB)
– Ney Leprevost (PSD)
– Pedro Lupion (DEM)
– Luisa Canziani (PTB)
– Boca Aberta (Pros)
– Ricardo Barros (PP)
– Zeca Dirceu (PT)
– Rubens Bueno (PPS)
– Schiavinato (PP)
– Filipe Barros (PSL)
– Luiz Nishimori (PR)
– Toninho Wandscheer (Pros)
– Vermelho (PSD)
– Enio Verri (PT)
– Aroldo Martins (PRB)
– Aline Sleutjes (PSL)
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Fontes: Carta Educação / BBC