No dia do(a) Servidor(a) Público(a), Sindicato mantém vigília exigindo respostas de Ratinho Jr APP-Sindicato

No dia do(a) Servidor(a) Público(a), Sindicato mantém vigília exigindo respostas de Ratinho Jr

Segundo a direção estadual, o governador age de forma autoritária, desrespeitando os(as) servidores(as) do estado

Foto: APP-Sindicato

Após mobilização em função do dia do Servidor(a) Público(a), realizado nesta quarta-feira (28), trabalhadores(as) da educação pública estadual se mantém em vigília frente ao Palácio Iguaçu contra os retrocessos e a violência de estado causada pelo governador Ratinho Jr e do secretário da Educação, empresário Renato Feder. 

Os(as) trabalhadores(as) da educação, junto com servidores(as) das demais categorias do Estado se manifestaram durante o dia e exigiram respostas da gestão sobre pontos importantes para a categoria. Entre os principais questionamentos estão as terceirizações dos(as) Funcionários(as) de Escola, a prova para Profissionais do Processo Seletivo Simplificado (PSS), a militarização das escolas públicas, o congelamento de promoções e progressões, as alterações na lei de eleição para diretores(as) de escola e a pressão pela volta às aulas presenciais extracurriculares no período de pandemia.

A direção estadual da APP-Sindicato aponta que o Dia do(a) Servidor(a) Público(a) deste ano foi marcado por um grande desrespeito de uma gestão pública, já que o governador Ratinho Jr não recebeu os(as) trabalhadores(as) para o diálogo e adota medidas autoritárias, aprovando projetos que afetam a vida dos(as) trabalhadores(as) da educação sem escutar os(as) principais atingidos(as). “Esse dia 28 de outubro é um dia para marcar as páginas da nossa história. Na resistência nessas 216 escolas, na nossa resistência aqui na praça que chamamos de praça 29 de abril e onde permaneceremos em vigília até que tenhamos respostas destes temas centrais”, destaca o presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão. 

Ainda no período da tarde, os(as) trabalhadores(as) da educação participaram de uma reunião na Secretaria da Segurança Pública (Sesp), para cobrar uma reunião com o chefe da Casa Civil, Guto Silva e o secretário da educação, Renato Feder. Após pressão da APP-Sindicato, o Diretor-Geral da Seed agendou uma reunião para a próxima quarta-feira (4). 

“Além da reunião, cobramos por mais mediação durante os debates com a Seed, pois a Secretaria distorce as informações e vem aplicando uma metodologia que é próxima de uma ditadura. Outro ponto abordado foi a reivindicação para que não haja nenhuma publicação, seja edital, como o dos(as) PSS, portarias, decretos ou resoluções sem antes que a gestão receba os(as) trabalhadores(as)”, destaca o presidente do Sindicato.

Professores(as) PSS realizam denúncia no MP

No período da manhã, a APP-Sindicato e Professores(as) contratados(as) pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) participaram de uma reunião no Ministério Público do Paraná (MP-PR), onde denunciaram o contrato firmado entre a Seed e Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos – CEBRASPE. O Sindicato aponta que o governo precisa dar respostas sobre o contrato firmado no valor de R$ 3. 499.800, 00 (três milhões, quatrocentos e noventa e nove mil e oitocentos reais) que foi feito sem licitação.

Durante o encontro, a APP-Sindicato protocolou um Ofício para o Procurador Geral do Estado reivindicando a mediação do MP-PR entre a APP-Sindicato e a Seed. A direção estadual enfatiza que é necessário que seja barrada a movimentação do Empresário Renato Feder de alterar os critérios para a contratação de Professores(as) PSS.

O coordenador do Departamento de PSS, Professor Elio da Silva enfatiza que foi feita uma denúncia sobre o valor do contrato e a forma que ele foi publicizada. “É uma valor alto, mais de 3 milhões que será utilizado sem licitação e entregue a uma empresa privada, que não se conhece as intenções. Nós queremos a mediação do MP-PR para que esse valor seja explicado”.

Já o Professor Clau Lopes, também coordenador do departamento destaca que é importante lembrar que o contrato para PSS é precário e que não garante direitos para aqueles que trabalham neste regime. “Temos que denúnciar para ver quais as mediações que o ministério público pode fazer, para que possamos derrubar essa prova para PSS aqui no nosso Estado”.

Segundo a APP-Sindicato, os(as) trabalhadores(as) manterão vigília até tenha da Casa Civil, o compromisso de participação na reunião entre a Seed e a APP-Sindicato e que até a data do encontro não sejam publicados decretos e resoluções sobre os temas da pauta em debate. 


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