“Não há protocolo seguro para retorno das aulas presenciais neste momento”, afirma pesquisador

“Não há protocolo seguro para retorno das aulas presenciais neste momento”, afirma pesquisador

A APP-Sindicato, que representa professores e funcionários das escolas estaduais e também municipais de mais de 200 cidades, não é favorável ao retorno presencial das aulas neste momento.

 

APP-Sindicato divulgará, nesta quarta-feira (05), uma nota técnica sobre um possível retorno ao formato presencial das aulas. O estudo, realizado pelo epidemiologista e autor de artigos publicados nas revistas Nature e Science, Lucas Ferrante embasa a defesa do Sindicato e será apresentado ao público. Lucas Ferrante é também pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia  (Inpa) ligado à Fiocruz.

A direção estadual da APP-Sindicato informa à imprensa e à sociedade que seguirá em defesa pela vida, mesmo que para isso seja necessário adiar o início das aulas presenciais.

“Vacinar educadores e convocar aulas presenciais irá manter a pandemia ativa. Mesmo os imunizados podem contrair, de forma branda, e transmitir a doença”, afirma o especialista.

A direção estadual afirma que seguirá na defesa pela vacinação em massa antes do retorno presencial. “Se só professores e funcionários forem vacinados a pandemia não estará controlada nas escolas”, afirma Ferrante.

O epidemiologista salienta ainda que a circulação diária de pessoas nas escolas e universidades é o fator de maior risco para a disseminação viral. “Vacinar grupo de risco é uma medida emergencial, mas insuficiente. Se convocarmos as aulas iremos fatalmente aumentar a disseminação e até forçar o surgimento de cepas ainda mais resistentes e letais”, informa Ferrante.

O Sindicato alerta ainda que, após ouvir especialistas e pesquisadores,  que não há  tendência de queda nos números da pandemia e que, por conta da vacinação estar em um ritmo ainda muito lento, há uma tendência de surgimento de outras variantes do vírus ainda mais resistentes.

O caminho, segundo estes especialistas, é um lockdown definitivo de, pelo menos, 21 dias e aceleração do ritmo da vacinação. “Não há protocolo seguro para retorno das aulas”, afirmou Lucas Ferrante. O pesquisador afirma ainda não é o momento dessa retomada e que, caso o governo insista nisso, as consequências serão o aumento do número de casos e de mortes em um curto espaço de tempo. O Inpa previu, através de cálculos estatísticos com dados da pandemia, o caos em Manaus e também orientou a Prefeitura de Curitiba no auge do colapso em março.

Diante das conclusões do estudo a APP-Sindicato informa que intensificará a mobilização e a campanha pela vacinação em massa da população paranaense. “A APP-Sindicato defende a vacinação para toda população, bem como a vacinação para professores e funcionários como condição para voltar às aulas. Queremos sim o retorno ao trabalho presencial, mas o retorno com segurança. Definimos a deflagração da greve caso haja imposição desta volta sem a vacinação nas duas etapas de toda categoria”, afirma a secretária Educacional da APP-Sindicato, professora Walkiria Mazeto

Serviço: Coletiva com Lucas Ferrante

Data: 05 de maio (quarta-feira)

Horário: 10 horas

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Acesso a sala a partir das 9h45

Entrar na reunião Zoom
https://us02web.zoom.us/j/89341081735

ID da reunião: 893 4108 1735
Dispositivo móvel de um toque

Por que haverá GREVE caso o governo Ratinho Jr. convoque aulas presenciais antes da imunização completa de professores(as) e funcionários(as)?

– Não há condições estruturais nas escolas para qualquer retorno;
– Faltam profissionais para o devido acompanhamento dos estudantes – o governo demitiu, na última sexta (30), cerca de 8 mil funcionários;
– Os dados mostram que a pandemia não acabou, pelo contrário, os casos estão estabilizados em um patamar ainda muito alto;
– A circulação de cerca de um milhão de estudantes (somente da rede estadual) e 120 mil profissionais provocará ainda mais contaminação. Boa parte destes alunos convive com pessoas do grupo de risco;
– O governador anunciou que só retomaria as aulas com a vacinação de profissionais da educação;

 

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