Os(as) funcionários(as) das escolas da rede pública do Paraná aguardavam ansiosos(as) a próxima folha de pagamento, com a implementação da progressão de agosto de 2017. A confirmação ocorreu nesta segunda-feira (28), com base no contracheque disponibilizado na página do Dia a Dia Educação. A conquista e o pagamento do valor depositado decorrem do trabalho da direção da APP-Sindicato, que tanto debate e reivindica o que está previsto na legislação.
Foram longos debates do Sindicato em reuniões e mesas de negociação com a Secretaria de Educação do Estado do Paraná (Seed/PR) e com o chefe da Casa Civil, secretário Valdir Rossoni (PSDB). Não é de hoje a luta em prol dos(as) Agentes Educacionais I e II, assim como a manutenção do Plano de Carreira.
A secretária de Funcionários(as) da APP, Nádia Brixner, afirma que o governo do Paraná tem descumprido categoricamente a legislação ao longo dos últimos anos, que ocorre em prejuízos na carreira dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola. “A nossa luta constante e de denúncias, desde as greves de 2015, reafirma o calote do governo do Estado. Foram muitas lutas nas ruas, com paralisações e greves, envolvendo as pautas estadual e nacional, além das mesas de negociação garantindo com que neste ano o pagamento das progressões dos funcionários e funcionárias de escola fosse feito em dia”.
A APP tem denunciado as promessas não cumpridas das propagandas do governo. Nas escolas faltam funcionários(as), não existe a substituição garantida no caso de licenças, além da falta de concurso público há 11 anos. É obrigação do governo garantir esses direitos.
A funcionária Nádia Brixner indigna-se e questiona: “isso é respeitar os educadores e educadoras que são extremamente responsáveis e empenhados em desenvolver o trabalho nas escolas para garantir a educação de qualidade?”.
Vale lembrar que, por mais que o governo esteja implantando as progressões dos(as) funcionários(as) em dia, novamente descumpre com a lei implantando somente em agosto as promoções dos(as) professores(as) e funcionários(as) de escola referentes a 2017.
“Nós, enquanto APP, direção e toda a categoria, vamos continuar lutando para que a legislação de fato seja aplicada. Como por exemplo a data-base, que o governo se nega a cumprir a lei que estabelece que em janeiro de 2017 deveria ser paga a recomposição salarial. Foi a nossa luta que garantiu em agosto a implantação das progressões. Esperamos que em outubro as progressões dos colegas professores e professoras também sejam implantadas”, enfatiza Nádia.
Confira os depoimentos dos(as) funcionários(as):
Izalete Nuske, Agente Educacional I, do Colégio Estadual Dois Vizinhos – “Acho muito justo o governo estar pagando pela primeira vez a nossa progressão em dia”.
Marli Simon, Agente Educacional I, Colégio Estadual Dois Vizinhos – “Faz muitos anos que trabalho e estou feliz por termos conseguido alcançar essa meta”.
Maria Amalia Zanella Fianco, Agente Educacional I, do Colégio Estadual Dois Vizinhos – “Trabalho na educação há 22 anos. É justo como subimos na progressão também receber na hora. É um direito nosso! Com sacrifício, mas, estamos conseguindo”.
Marli Fátima Vendrúscolo, Agente Educacional I, do Colégio Estadual Dois Vizinhos – “Trabalho no colégio há 20 anos. Precisamos lutar sim para sermos valorizadas, reconhecidas e respeitadas como trabalhadoras da educação. Primeira vez que isso aconteceu”.
Daiane Aparecida Bracaio Hamulak, Agente Educacional II, do Colégio Estadual Laranjeiras do Sul – “A implantação imediata a que temos direito é muito bem-vinda e merecida. Para ter direito à progressão e promoção precisamos preencher alguns requisitos, dentre eles, o constante aperfeiçoamento profissional através de cursos na nossa área de atuação. Sempre foi uma luta do nosso Sindicato e se hoje temos acesso a esse direito é porque aconteceram vários enfrentamos do qual saímos vitoriosos”.
Delinar Matuczak Kisst, Agente Educacional II, de Quedas do Iguaçu – “Diante de um governo que impõe a retirada de investimentos nos direitos dos trabalhadores da educação, a luta que o Sindicato e nós travamos no dia a dia para garantir esse cumprimento de direitos é fundamental. Se este embate não existisse seria uma perda ainda maior de direitos por parte da categoria, além da escola pública que teria sido com certeza ainda mais massacrada do que já tem sido. Como resultado das lutas que o Sindicato faz diariamente, agora temos o pagamento em dia das nossas progressões”.