Mudança da nota de corte do PDE escancara inconsistências da prova APP-Sindicato

Mudança da nota de corte do PDE escancara inconsistências da prova

Seed e Consulplan optaram por questões em excesso, a serem respondidas em tempo exíguo, com formulações ambíguas e autocentradas

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Quem avalia o avaliador?

Em retificação publicada nesta segunda-feira (15), a Seed oficializou a mudança da pontuação mínima exigida para a classificação na 1ª etapa do PDE. A nota de corte foi reduzida de 70% para 50%.

A alteração expõe a incompreensão da Seed e a falta de conhecimento da realidade a ser avaliada.

Desde os primeiros debates, a APP defendeu a realização do PDE nos seus moldes originais. Frente à insistência da Seed em promover um processo seletivo, o Sindicato defendeu a redução da nota de corte e alertou para o enorme funil criado pelo Estado.

A realidade demonstra que a categoria estava, mais uma vez, correta.

Seed e Consulplan optaram por questões em excesso, a serem respondidas em tempo exíguo, com formulações ambíguas e autocentradas em conteúdos impostos pela atual gestão. Chegaram ontem, mudaram tudo e aplicaram uma prova apartada do conhecimento acumulado por quem trabalha há anos na rede estadual.

O Estado deixou de ofertar o PDE por seis anos, levando ao acúmulo de 30 mil profissionais ansiosos pela evolução na carreira, inventou um emaranhado de regras e promoveu uma loteria incapaz de preencher o número mínimo de vagas já na primeira etapa.

No fim das contas, o instrumento de avaliação se voltou contra o avaliador. Trata-se de mais um processo que fomenta a competição entre pares, calcado em critérios meritocráticos distantes da realidade das escolas e das necessidades de formação e valorização dos(as) educadores(as). No PDE, a política educacional do governo Ratinho foi reprovada.

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