O Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou, nesta terça-feira (23), o líder do governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), contumaz inimigo da educação e difamador dos(as) professores(as) do Paraná.
De acordo com o MP-PR, Barros foi beneficiado por um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina sobre a aquisição de duas empresas de energia eólica para a Companhia Paranaense de Energia (Copel).
Ao longo de dois anos, Barros teria recebido mais de R$5 milhões pelo esquema, aponta reportagem do Congresso em Foco.
Ainda enquanto atuou como secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul do Paraná, o Bolsonarista teria atuado para que a Copel adquirisse metade dos ativos das empresas paranaenses São Bento Energia e Dreen Brasil.Parte do valor das aquisições teria sido transferido a ele, que voltaria a ser deputado em 2014.
Barros também é acusado de falsidade ideológica eleitoral nas eleições daquele ano. “Considerando a realização das Eleições Gerais naquele ano, o denunciado (…), de forma consciente e voluntária, ciente da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, solicitou que a propina (…) fosse efetivada através de doações eleitorais”, diz o documento enviado pelos denunciantes ao MP.
Denuncia na CPI do genocídio
Indiciado no relatório da CPI da Covid, Ricardo Barros aparece ao menos 88 vezes no documento e ganhou um capítulo de 23 páginas dedicado à sua atuação nos crimes investigados.
Formalmente, o relatório indicia o deputado por incitação ao crime, advocacia administrativa, formação de organização criminosa e improbidade administrativa.
Suas ações têm relação com intermediações na compra de vacinas superfaturadas e que nunca chegaram a ser entregues. O relatório também pede que a Receita Federal investigue as empresas de Barros.
Indícios apontam que, nas firmas, há “uma prática própria de quem oculta a origem dos recursos (por exemplo, por corrupção)” e lavagem de dinheiro.
Com informações do portal Congresso Em Foco