Educadores(as) e estudantes marcaram presença nesta quarta-feira (7) em mais reunião da comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o projeto Escola sem Partido (PL 7.180/14), a lei da mordaça. Mais uma vez a mobilização da sociedade impediu a votação do relatório final dessa proposta que tem como objetivo censurar a atuação dos(as) professores(as) em sala de aula. Uma nova reunião da comissão foi agendada para a próxima terça-feira (13).
“O nome Escola sem Partido esconde uma realidade que de imposição do pensamento único na escola. Querem impedir que a população tenha conhecimento sobre o que nos afeta hoje, como a exclusão de direitos. Estamos, em um momento da história, com o tsunami do pensamento conservador, que tem levado para a educação as limitações do ponto de vista da socialização e construção do conhecimento”, denuncia o secretário de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
“Esse projeto de lei altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) e estabelece limites para a prática pedagógica do professor, impedindo que se coloquem em prática os princípios constitucionais do livre ensinar e do livre aprender, condições basilares que foram, duramente, conquistadas pela Constituição de 1988”, destaca Gilmar Ferreira.
De acordo com o educador, mesmo sem a aprovação do PL, o movimento da Escola sem Partido já chegou aos estados e municípios. A CNTE, por meio de suas entidades de base, tem feito a defesa da educação plural e democrática, com a produção de material informativo e participação nas manifestações e audiências públicas.
Com informações da CNTE.