Ministérios da Educação e da Saúde discutem ações para retomar índices de cobertura vacinal no país APP-Sindicato

Ministérios da Educação e da Saúde discutem ações para retomar índices de cobertura vacinal no país

Na região Sul, a cobertura vacinal caiu de 81,92% em 2019 para 51,22% em 2023

O II Webinário Nacional e Intersetorial do Programa Saúde na Escola 2023, realizado pelos Ministérios da Educação (MEC) e da Saúde (MS), teve como tema “Escola: Aqui também se fala em vacinação”. Realizado na última terça-feira (19), o evento compõe uma série de encontros virtuais desenvolvidos por meio do Programa Saúde na Escola (PSE) para contribuir na formação dos(as) profissionais da educação e da saúde.  

No centro do debate está o papel da escola na recuperação dos índices de cobertura vacinal, que sofreram queda drástica em todo o país durante o governo Bolsonaro, marcado pelo negacionismo durante a pandemia.

De acordo com o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS), a Região Sul, que compreende os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, liderava o ranking das regiões com maiores coberturas vacinais, com 81,92% em 2019, período pré-pandêmico. Já em 2023, mesmo ainda liderando o ranking, a Região Sul passou para 51,97% da população-alvo vacinada.

Cobertura Vacinal do país, dividido por regiões, em 2019. Fonte: SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS

 

Cobertura Vacinal do país, dividido por regiões, em 2023. Fonte: SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS

“Educar em saúde é uma das tarefas do sistema de educação básica. A ideia da vacina cumpre dois requisitos: para uma proteção individual, para mim como sujeito, e na dimensão da proteção coletiva”, pontuou o diretor de Políticas e Diretrizes da Educação Integral Básica, da Secretaria de Educação Básica (SEB), Alexsandro do Nascimento Santos.

Para Alexandre, a retomada da vacinação como um tema do PSE é uma decisão muito acertada entre o MEC e o MS. “Para 2024, planejamos avançar no fortalecimento e na sustentabilidade das ações, a fim de que as escolas tenham recursos para desenvolver projetos vinculados aos seus territórios, na interface entre educação e saúde”, complementa.

O constante declínio da cobertura vacinal aumenta o risco de retorno de doenças já erradicadas, como a poliomielite, que  já foi erradicada do território nacional em 1994, então são quase 30 anos sem casos detectados. Porém, o país tem alto risco de reintrodução da doença, pois em apenas 10 anos a cobertura vacinal da poliomielite foi de 96,5% em 2012 para 77% em 2022, uma queda de aproximadamente 20%, de acordo com dados do DataSUS.

 

 

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