O gibi “Mexeu com uma, mexeu com todas”, parceria da CUT-RS com sindicatos e federações, já está no ar para leitura e pode servir como material de apoio para as escolas (veja aqui).
Com uma comunicação democrática e inclusiva, o material foi elaborado pelo Coletivo Estadual de Mulheres e pela Secretaria da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, com o objetivo de ser uma ferramenta de incentivo ao combate da violência contra as mulheres, especialmente no mercado de trabalho.
A união da linguagem às ilustrações do cartunista Fredy Varela, de Caxias do Sul, que é autor das revistas em quadrinhos sobre a Reforma Administrativa e o plebiscito popular, deram vida e forma ao material.
São quatro páginas que lançam luz sobre temas que afetam a vida das mulheres no trabalho, como a violência de gênero, a desigualdade salarial, o racismo e o empoderamento, entre outros.
“Fizemos um material que pudesse transmitir, através das palavras e das imagens, as diversas situações que a gente vive, de uma forma que a gente pudesse dialogar com todas as mulheres e categorias. Mulheres trabalhadoras do campo, da cidade, da indústria, do comércio… Algo que alcançasse elas com uma linguagem comum”, explica a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-RS, Mara Weber.
Contra a violência em todos os locais diga NÃO!
A violência contra as mulheres não está restrita aos espaços privados. Nos ambientes de trabalho, as mulheres também estão vulneráveis e sofrem muitos ataques.
Um relatório elaborado pelo Instituto Patrícia Galvão, em 2020, mostra que 76% das mulheres já sofreram violência no trabalho. Quatro a cada dez já foram alvos de xingamentos, insinuações sexuais ou receberam convites de colegas homens para sair.
Não feche os olhos para as violências e para as desigualdades no mundo corporativo. É uma luta contínua por mais inclusão feminina em vários segmentos, inclusive na política.
Os dados do IBGE mostram que as mulheres só ocupam 37.4% das chefias empresariais. Porém, nas eleições deste ano, dados da Agência Senado mostram que as candidaturas femininas bateram recorde em relação aos anos anteriores. Foram 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital. As mulheres representam 53% do eleitorado do país, o que corresponde a 82 milhões de votantes. Apesar disso, elas ocupam apenas 17,28% das cadeiras no Senado.
Covid-19 na vida das mulheres e seus impactos
Segundo dados do Ipea, as mulheres foram as mais impactadas financeiramente pela pandemia. Entre junho e julho de 2020, apenas 4,4 milhões de famílias sobreviveram com os recursos do Bolsa Família. “As mulheres que sobrevivem do trabalho doméstico tiveram uma restrição. Ou elas perderam a renda ou elas foram as mais expostas à doença porque não saíram da linha de frente”, aponta Mara Weber.
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*Com informações da CUT-RS