A audiência de mediação com a Secretaria da Educação, patrocinada pelo Tribunal de Justiça do Paraná, abriu caminho para solucionar conflitos e avançar na pauta da APP-Sindicato. A princípio a mediação, solicitada pela APP e realizada nesta sexta-feira (13), se limitaria à judicialização da Greve pela Vida e outros pontos da pauta de reivindicações, mas durante o encontro ficou evidente a possibilidade de evoluir na negociação. “O acolhimento do pedido de mediação da APP pelo Tribunal de Justiça é muito importante. Abrimos um debate que continuará no dia 31 de agosto, retomando o processo para solucionar conflitos remanescentes da greve”, avalia o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Leão.
Participaram da audiência de mediação on line, por designação do presidente do TJ, José Laurindo, o desembargador Fernando Prazeres, e a juíza auxiliar da Presidência do TJ, Fabiane Pieruccini; pela Procuradoria Geral do Estado, a procuradora geral, Letícia Ferreira da Silva, e Roberto Althein; e o diretor geral da Secretaria da Educação, Vinícius Mendonça Neiva. A APP foi representada, além de Hermes Leão, pelo secretário de Assuntos Municipais, Celso Santos, e pelos advogados Ludimar Rafanhim e Germano Augusto.
A expectativa para a audiência do próximo dia 31 é avançar na questão das faltas da greve e ampliar a distensão nas negociações com a Secretaria de Educação. “O diretor geral da Seed se comprometeu a trazer o levantamento das faltas, bem como a estabelecer o diálogo com a APP para que na próxima audiência uma proposta de retirada das faltas seja apreciada. “Essa mediação pode não se limitar à compensação das faltas e levar à solução de outros conflitos da nossa pauta”, sinaliza. A busca inovadora da APP pela mediação pode possibilitar a instalação de uma mesa permanente para superar os conflitos entre educadores(as) e Governo do Estado.
Na audiência os representantes da APP e do governo estadual se comprometeram a suspender quaisquer recursos judiciais nas ações que envolvem o desconto das faltas da greve. “Esse é um grande avanço, pois até agora não tínhamos nenhuma negociação com o governo “, observa Santos.