Más condições e equipe reduzida aumentam insegurança nas escolas

Más condições e equipe reduzida aumentam insegurança nas escolas


Em Itaguajé, cidade a 110 km de Maringá, região Noroeste do Estado, um caso causa revolta entre a população e educadores(as). Uma estudante de apenas 11 anos sofreu abuso sexual dentro da escola. O Colégio Estadual Lourdes de Melo funciona em um prédio com 11 salas de aula, laboratórios, cozinha, espaços cobertos e quadra de esportes. Atende mais de 500 estudantes em três turnos. E para dar conta de toda essa estrutura existem apenas seis funcionários(as) trabalhando no colégio.

Ontem (18), o Núcleo de Regional de Educação (NRE) divulgou que os(as) trabalhadores(as) do colégio foram negligentes e os responsabilizou pelo ocorrido. A APP-Sindicato, através da Secretaria de Assuntos Jurídicos e da direção do Núcleo Sindical de Maringá, já vem acompanhando o caso. “Realizamos duas visitas à escola e conversamos com professores, funcionários e com a direção da unidade. Todos, da APP e da escola, estamos abalados com o fato. Sentimos profundamente pela estudante vítima do abuso”, afirma Maria Inês Vicentini, da direção da APP de Maringá. Mas culpar os(as) trabalhadores(as) pelo ocorrido, para o sindicato, é algo inaceitável. A entidade atuará na defesa destes(as) trabalhadores(as) e na responsabilização do Estado pelo ocorrido.

A APP-Sindicato tem denunciado, continuamente, a falta de condições apropriadas de trabalho e, também, o número cada vez mais reduzido de profissionais nas escolas públicas do Paraná. Inclusive, recentemente, a construção de algumas escolas foi paralisada por denúncias de desvio de recursos. Fatos como estes afetam a segurança nas unidades da rede. E o que mais preocupa os(as) educadores(as) não é a falta de segurança a que eles(as) estão expostos(as), mas, principalmente, os(as) estudantes.

“É um absurdo! O Estado não proporciona condições mínimas de trabalho e segurança nas escolas públicas e, agora, responsabiliza trabalhadores pela negligência do governo. Iremos defender os trabalhadores que cumprem com suas funções adequadamente, enquanto o governo do Estado e a Secretaria de Educação não fazem sua parte”, afirma Hermes Silva Leão, presidente da APP, que ressalta o papel da entidade na defesa destes(as) educadores(as) e no compromisso que a categoria tem com o bem-estar dos(as) estudantes. “Nossos advogados acompanharão e defenderão estes trabalhadores”, conclui.

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