O movimento em Defesa do Colégio de Aplicação Pedagógica (CAP) de Maringá, apresentou nesta terça-feira (7), uma carta para denunciar a situação atual da unidade e o sucateamento da educação pública no estado.
Problemas estruturais, orçamento deficitário e falta crônica de funcionários(as) de escola devido à terceirização são alguns dos problemas. A escola, com mais de 1000 alunos(as), conta com apenas 6 trabalhadores(as), sendo três funcionárias para a limpeza, duas para cozinha e uma de inspeção.
Os problemas apresentados não são uma particularidade da escola, mas sim um problema generalizado por todo o Paraná, refletindo o descaso da política educacional de Ratinho Jr e Renato Feder.
No documento, os(as) representantes do movimento destacam ainda que, mesmo após mobilizações e a representação no Ministério Público (MP-PR), nenhuma atitude foi tomada pela Secretaria do Estado da Educação (Seed).
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“Em 26 de maio, o Núcleo Regional de Educação de Maringá respondeu uma dessas denúncias ao Ministério Público afirmando que uma nova empresa terceirizada havia sido contratada e que havia a previsão de 10 dias para que todos os funcionários estivessem na escola. Mais uma vez, pura ilusão! Hoje já se completam 11 dias da resposta do Núcleo e a situação continua praticamente a mesma”, explicam na carta.
A escola ainda enfrenta problemas estruturais como infiltrações, rachaduras, goteiras, banheiros instalados, bebedouros quebrados, parquinho das crianças degradadas, falta de materiais esportivos, entre outros.
“Falamos do orçamento da escola, que é extremamente baixo. Para demonstrar o quão baixo é, fizemos uma comparação com o orçamento da própria câmara. “Mesmo a Câmara de Maringá sendo a terceira mais econômica do estado, o orçamento apenas para material de consumo é cerca de 6 vezes o orçamento do CAP para manutenção do colégio”, explica Thiago Fanelli Ferraiol, pai que integra o movimento.
Para piorar e demonstrar o quanto Ratinho Jr. se preocupa com a educação, o valor repassado pelo Estado para essas manutenções e compras de itens básicos é de apenas 5 reais por aluno, totalizando um orçamento mensal de 5 mil reais para atender os mais de 1000 alunos, muito diferente dos mais de 17 bilhões de isenção fiscal para empresários e para o agronegócio.
A vereadora Professora Ana Lúcia, que convidou o movimento para dialogar com os(as) vereadores(as), aponta ainda que é dever da Câmara Municipal auxiliar o movimento em defesa do CAP e cobrar da Seed que os problemas sejam resolvidos.
“Trazer a educação para agenda pública é importantíssimo porque por vezes os problemas ficam invisibilizados. E a representação da insatisfação com as condições do CAP/UEM e da busca por melhores condições se concretiza na mobilização dos pais, mães e responsáveis pelos estudantes”, conclui a vereadora.
Mobilização é necessária
Somente a luta e a união de educadores(as), estudantes, pais, mães e a comunidade escolar tem poder de garantir melhorias na educação pública. Por isso, a APP enfatiza a necessidade de fortalecer a mobilização do dia 21.
Além de cobrar o reajuste da Data-Base, pauta prioritária da educação neste momento, a mobilização cobra melhores condições de estudo e trabalho.
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