O auditório da sede estadual da APP-Sindicato recebeu nesta sexta-feira (21) o encontro estadual de organização e preparação para a Marcha das Mulheres Negras – Por Reparação e Bem Viver, que vai acontecer no dia 25 de novembro, em Brasília, e tem expectativa de reunir 1 milhão de mulheres. O encontro em Curitiba será finalizado na tarde de sábado (22).
Convocada por movimentos sociais que representam mulheres negras, negras lésbicas, bissexuais e transexuais, e educadoras negras, o evento teve debates sobre pautas fundamentais para o avanço da elaboração de políticas públicas para combater o racismo, assim como cobrar que as que já existem sejam executadas.
A secretária de Promoção de Igualdade Racial e Combate ao Racismo da APP, Celina do Carmo da Silva Wotcoski, representou a entidade na abertura das atividades e é uma das orientadoras dos debates sobre educação.
“Nós educadores(as) sabemos que é através da educação que podemos mudar e combater o racismo que está estruturado na sociedade. Uma sociedade antirracista é resultado de tudo o que construirmos na escola”, explica a dirigente
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Já a professora Angela Sarneski, enfatizou que o ponto focal na educação é fundamental para qualificar o debate e formar um grupo consistente para cobrar a aplicação de leis como a 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira, e a 11.645, que obriga o ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena na rede de educação básica.
“A discussão de amanhã é para que possamos perceber, levantar as dificuldades dos trabalhos que já estão acontecendo e ao mesmo tempo cobrarmos formação dos governos para que as pessoas possam dar continuidade a esse trabalho para a implementação das leis”, afirma Angela.
Confira fotos do evento: