Mais direitos, educação, saúde, terra, democracia, igualdade, democracia, oportunidades e o fim da violência são algumas das reivindicações das milhares de mulheres do campo, das florestas, das águas e das cidades que se reuniram entre ontem (15) e hoje (16) em Brasília para a 7ª Marcha das Margaridas.
Representantes da direção estadual e de núcleos sindicais da APP-Sindicato participaram do evento. Neste ano o lema é “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”.

“A nossa luta é por autonomia sobre os corpos, vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sexicismo, soberania alimentar, segurança nutricional, justiça ambiental e climática, autonomia econômica e outros”, diz a secretária da Mulher Trabalhadora e Direitos LGBTI+ da APP, Taís Adams.
Para a dirigente, a Marcha é um importante espaço formativo. Ela destaca as trocas de experiências com outras mulheres, dirigentes sindicais e educadoras de outras regiões do Brasil. Taís relata, por exemplo, que entre as oficinas, pode dialogar sobre a experiência e desafios da educação do campo.
Além de promover oficinas, plenárias, mostras, atividades culturais e a tradicional marcha até a Esplanada dos Ministérios, a Marcha das Margaridas elabora uma carta com reivindicações ao governo federal.

A secretária da APP adianta que as propostas tratam de temas como democracia, participação política das mulheres, autonomia sobre os corpos, vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sexicismo, soberania alimentar, segurança nutricional, justiça ambiental e climática e autonomia econômica.
Inspiração
A Marcha das Margaridas acontece a cada quatro anos e é considerada a maior ação política de mulheres da América Latina. Neste ano, reuniu mais de 100 mil mulheres, segundo os organizadores.
A mobilização recebe esse nome em homenagem a Margarida Alves, ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba, que foi assassinada em 12 de agosto de 1983, a mando de latifundiários da região.
Ela foi uma das primeiras mulheres a exercer um cargo de direção sindical no país. Ela lutou por direitos trabalhistas, como contratação com carteira assinada, pagamento do 13º e o fim do trabalho infantil.
Margarida dizia que “É melhor morrer na luta do que morrer de fome” Seu nome e seu legado permanecem vivos e se transformaram em inspiração e símbolo da luta pela igualdade de direitos para as mulheres.