O governo provou mais uma vez que está cada dia mais difícil acreditar em suas promessas e compromissos. Além de tudo o que já fez contra os(as) servidores(as), na semana passada sacou aproximadamente R$ 500 milhões de reais do caixa de Fundo Previdenciário da Paranaprevidência, mesmo quando disse que não faria isso.
O secretário de Fazenda, Mauro Ricardo Costa, havia anunciado que o governo não iria retirar o valor retroativo do fundo, ou seja, sacaria valores menores e não tomaria o dinheiro dos(as) servidores(as). Só que, na última semana, o governo voltou atrás e sacou o que o Fundo mantinha desde janeiro.
A APP-Sindicato se colocou contra o Projeto de Lei da Previdência desde o início onde a mensagem de lei do governo foi encaminhada à Assembleia Legislativa do Paraná. Mesmo com as tais garantias que o governo inventava de que o projeto não iria prejudicar os(as) servidores(as), o sindicato se posicionou contra por saber que isso afetaria sim a aposentadoria futura dos(as) servidores(as) e, além disso, entender que o governo estava tentando cobrir um rombo no seu caixa, penalizando o funcionalismo público por sua má administração.
De acordo com o idealizador da Paranaprevidência, Renato Follador, em entrevista concedida à Gazeta do Povo, tudo isso não mostra nada de novo nas atitudes do governo. “É obvio, se você tira R$ 500 milhões, você começou o processo de reduzir a solvência. Mas não tem estrago novo, o estrago maior foi a aprovação da lei”, afirmou ao jornal.
O que mais indigna a categoria é que, mesmo depois do massacre que os(as) servidores(as) sofreram, o projeto de lei da previdência foi aprovado e deu autonomia para que o governador sacasse o dinheiro da aposentadoria dos(as) servidores(as). A má administração no Estado, que parecia não existir nas propagandas de campanha do governo, agora é gerenciada penalizando o funcionalismo.
De acordo com a secretária de Finanças da APP-Sindicato, a categoria está cada vez mais desconfiada do governo. “O próprio governo que causou esse clima de insegurança no Estado. A desconfiada na categoria é generalizada. Em uma semana é anunciado que o dinheiro não seria pego, na outra já se descobre que o dinheiro já foi sacado”, explica.
Marlei ressalta que o Fórum das Entidades Sindicais (FES) vai fiscalizar e cobrar os valores do saque do governo. “Vamos cobrar na justiça de onde saiu a autorização para retirar o dinheiro. O Conselho de Administração e o Conselho Fiscal não foram informados do saque”, destaca.
A categoria continua paralisada e firme na luta. Enquanto o governo não cumprir com condições mínimas para a volta às aulas, como o pagamento da data-base e uma proposta par cumprir a lei do Piso, vai ser difícil com que os(as) educadores(as) acreditem que o governo está buscando soluções para corrigir os próprios erros e garantir a volta do funcionalismo das escolas.
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