Pelo menos seis pessoas foram expulsas da manifestação que denuncia um ano do massacre dos servidores estaduais. Elas portavam uma faixa falsa com a logo da APP Sindicato contra o Golpe da presidente Dilma Rousseff. Além disso, os vândalos picharam estabelecimentos comerciais e atribuíram a ação ao PT, ao MST e a CUT.
O advogado Marcelo Veneri presenciou a ação dos vândalos De acordo com o advogado, ao abrirem a faixa, outras pessoas que estavam em volta notaram que a mesma não estava presente antes na caminhada. Também identificaram que a faixa não pertencia a APP Sindicato. Em seguida, confrontados, os rapazes tentaram fugir com a faixa.
Os rapazes, que picharam o muro de uma farmácia com a frase “APP e MTS (sic) junto com Dilma. Não vai ter golpe (sic)”, primeiro disseram que eram ligados ao PT. Na sequência, na ameaça de serem levados à delegacia pelo crime estelionato, admitiram ter sido pagos pela ação. “O rapaz deixou outra faixa no chão que tinha escrito a frase ‘Moro Golpista’. Ele admitiu que foi pago para abrir a faixa para que outros pudessem fotografar”, relata o advogado.
Essa é a terceira vez na semana que tentam anonimamente manchar a imagem dos trabalhadores. Na quarta (27), cartas sem identificação cobravam os “Deputados do Camburão” por causa da votação em 2015. O texto remete a história de que um deputado havia evacuado dentro do caveirão da polícia militar. Dentro da carta ainda havia um pedaço de papel higiênico com fezes. Alguns deputados tentaram atribuir a APP-Sindicato a ação. Sugestão desmentida pelo deputado e ex-presidente da entidade professor Lemos. Ele disse que em 69 anos de história a APP nunca fez nada anônimo.
O sindicato dos professores também repudiou a carta e postagens feitas na internet nessa semana. “Um grupo pró-Beto Richa divulga informação falsa sobre a mobilização do dia 29 de abril”, disse a entidade, que prometeu processar aqueles que divulgam informações mentirosas: “Houve uma difamação contra a APP-Sindicato, que é quando você atribui a alguém um ato que prejudica a sua reputação. No caso da postagem, além de informações falsas, há, inclusive, uma alteração na imagem, incluindo armas de fogo na logo da APP. Há um crime e queremos que os culpados sejam punidos”, analisa o advogado Arthur de Abreu.
Fonte: Terra Sem Males