Hoje (25), no Paraná, mais de mil pacientes aguardam um leito em nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTI). O número é o maior desde a crise do sistema de saúde do mês de março. Os dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) parecem, no entanto, que não chegam à Secretaria Estadual de Educação e Esporte (Seed), pois a convocação para as aulas presenciais segue sendo feita em todo estado.
Além de ignorar o crescente número de casos de Covid-19, o governador Ratinho Jr. e o secretário de educação Renato Feder transferem a culpa de um eminente novo colapso para prefeitos(as), diretores(as) de escola e também aos país, mães dos(as) alunos(as). O retorno gradual da rede pública de ensino precisa do aval das prefeituras e também das direções escolares. Além, de solicitar aos(às) responsáveis que assinem um “termo de responsabilidade” ao enviar as crianças e adolescentes para escola. “Se a escolas fossem um ambiente realmente seguro, não haveria motivo para solicitar esta autorização dos pais. Defendemos que este não é o momento do retorno presencial. A categoria ainda não foi vacinada e colocar a comunidade escolar em circulação vai agravar ainda mais a situação que já está novamente caótica”, alerta o secretário de Comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues.
De acordo com o boletim epidemiológico divulgado nessa segunda-feira (24), com os detalhes regionais, só em Curitiba foram 743 novos casos confirmados e 24 óbitos em decorrência do Coronavavírus. Foz do Iguaçu, Telêmaco Borga, Paranaguá e Toledo são, junto à capital, as regionais com maior índice de infectados(as).
Fila de espera por região
Região | Fila por leito de UTI | Fila por leito de enf. | Total |
Noroeste | 76 | 105 | 181 |
Norte | 91 | 31 | 122 |
Oeste | 83 | 75 | 158 |
Leste (sem Curitiba e RMC) | 93 | 122 | 215 |
Curitiba e região | 155 | 247 | 402 |
Diante do quadro atual, a APP-Sindicato continuará fazendo oposição a ameaça do governador Ratinho Jr. de retorno das atividades presenciais. A categoria definiu pela greve nas escolas onde houver o chamado para as aulas presenciais e a direção estadual iniciou uma campanha de verificação das escolas. O Sindicato reafirma que é necessário que Educadores(as), pais e comunidade escolar chequem as condições de biossegurança das unidades e lutem pela garantia da vida e saúde de todos(as).