Piso salarial de professores brasileiros é o mais baixo entre 40 países, afirma OCDE

Piso salarial de professores brasileiros é o mais baixo entre 40 países, afirma OCDE

Quando se trata de educação pública, o Paraná de Feder e Ratinho Jr. mira no padrão Finlândia, mas sequer acerta na Colômbia. 

Quando se trata de educação pública, o Paraná de Feder e Ratinho Jr. mira no padrão Finlândia, mas sequer acerta na Colômbia.

Estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE) demonstra que os(as) educadores(as) brasileiros recebem o piso salarial mais baixo entre todos os 40 países pesquisados.

Estamos atrás de todos os latino-americanos incluídos na pesquisa: Colômbia, México e Chile.

O cálculo também considera o custo de vida de cada nação. Isso significa que, nos demais países, os professores(as) são mais valorizados na comparação com outras profissões.

“A pesquisa usa como parâmetro o Piso Salarial Nacional. No Paraná, nossos salários estão abaixo do Piso e há seis anos sem reposição nem das perdas inflacionárias. Então nossa realidade é ainda pior”, avalia a secretária de Finanças da APP-Sindicato, professora Walkiria Olegario Mazeto.

O relatório Education at a Glance 2021 aponta que a média do salário inicial no Brasil é de 13,9 mil dólares anuais (cerca de R$ 74,9 mil). Na Colômbia e no Chile, o valor é superior a 20 mil dólares.

Se comparado a países europeus, aqueles que Feder adora usar como exemplo, estamos ainda mais distantes. Na Alemanha, o salário médio de professores(as) passa a casa dos 70 mil dólares mensais (R$ 373.100,00).

Já na “Finlândia do Sul”, a defasagem da data-base ultrapassa os 25%, representando um corte de 1/4 do poder de compra da categoria.

Desde janeiro de 2016 o governo não zera a inflação devida ao funcionalismo. O único reajuste no período foi a reposição parcial de 2% em janeiro de 2020.

Inflação de alimentos chega a 53% desde a última reposição

Com a alta da inflação no país e a falta de reajustes salariais, itens primários da alimentação se tornam verdadeiros vilões para as famílias brasileiras.

Em Curitiba, a cesta básica já acumula uma inflação de 53% desde a última reposição da data-base da categoria, em janeiro de 2016. A cidade tem a sétima cesta mais cara entre as capitais pesquisadas pelo Dieese.

Somente nos últimos 12 meses, a elevação do custo chega a 18,78%, pesando no bolso dos educadores(as) e demais servidores(as) do Estado. 

“Se seguirmos com essas ações, tomando as medidas certas, muito em breve o Paraná terá uma das melhores educações do mundo”, disse o secretário em entrevista em outubro do ano passado.

Só nos sonhos de Feder. 


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