NOTA DE APOIO À LUTA DOS EDUCADORES(AS) DO PARANÁ
Os educadores e educadoras da rede pública de ensino no Paraná enfrentam um cenário de ataques e retrocessos imposto pelo Governo Estadual. Por meio de decisões e medidas arbitrárias, o governador Ratinho Jr. e seu Secretário de Educação, Renato Feder, desrespeitam os educadores(as), estudantes(as) e toda a comunidade escolar.
Com a publicação do Edital n°47, Ratinho Jr. e Feder impõem a realização de prova presencial para a contratação temporária de professores(as) e funcionários(as) das escolas públicas pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS), colocando em risco milhares de famílias em plena pandemia de Covid-19. Esta medida rompe unilateralmente com o processo de contratação que vigora a mais de 15 anos no estado do Paraná, sem qualquer possibilidade de debate junto à comunidade escolar, além de ameaçar milhares de educadores(as) a ficarem desempregados nesse período crítico.
No último mês, o Governo do Estado apresentou a proposta de militarização de escolas no Paraná. Uma imposição absurda que, ao melhor estilo de governos autoritários, pressiona professores(as), funcionários(as), estudantes, pais e mães, com uma consulta medíocre à comunidade. Nitidamente o governo confunde autoridade com autoritarismo. A primeira é construída, legitimada e reconhecida. A segunda é imposta, intransigente e ameaçadora. Tal medida antidemocrática resultará, dentre outras consequências negativas, no fechamento da oferta do ensino médio noturno nas escolas, prejudicando de maneira imensurável centenas de jovens que trabalham durante o dia, auxiliando no sustento de suas famílias, e estudam à noite.
Como aprendemos com os ensinamentos de Paulo Freire, educar é um ato de coragem, e diante deste cenário de ataques severos à educação, nós do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) manifestamos nosso apoio irrestrito à luta dos educadores(as) da rede pública de ensino que resistem aos ataques do governo Ratinho/Feder com bravura e legitimidade. Nossa luta é pela educação pública e pela dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras, esse é o momento de preservarmos a vida da população.
Repudiamos a postura do atual Governo do Estado e do Secretário de Educação que tratam a educação como mercadoria. Seguimos na luta junto aos educadores(as), funcionários(as) e estudantes que iniciaram nesta quinta (19/11) greve de fome. Pedimos a revogação do Edital n°47, a saída do Secretário de Educação, Renato Feder, e o restabelecimento restabelecimento de mesa de negociação permanente do Governo com a APP-Sindicato.
#RevogajáEdital47
#ForaFeder
#EscolaPúblicaEuDefendo
#PSS
#RevogaJáProvaPSS
#EducaçãoPúblicadeQualidade
#GreveDeFome
#Educaçãonãoémercadoria
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)