Livros que ajudam a entender o que foi a Semana de Arte Moderna 

Livros que ajudam a entender o que foi a Semana de Arte Moderna 

Cem anos depois de sua realização, o movimento artístico continua despertando interesse   

Cem anos depois, a Semana de Arte Moderna continua agitando culturalmente o Brasil. As semelhanças entre 1922 e 2022, como a crise social e a pandemia, impulsionam o interesse pela Semana, que ocorreu de 13 a 17 de fevereiro de 1922, 40 anos após a abolição da escravatura e 100 anos depois da Independência do Brasil.

Nesse início de ano, as editoras capricharam no lançamento de obras para ajudar a entender esse que foi o mais amplo movimento artístico nacional. Veja algumas dicas a seguir.

Mulheres Modernistas: Estratégias de Consagração na Arte Brasileira, de Ana Paula Cavalcanti Simioni, Editora da USP. O livro mostra como foi a participação das mulheres no Modernismo brasileiro, a partir das trajetórias de Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Regina Graz, artista têxtil ainda pouco conhecida, falecida em 1973.

Semana de 22: Antes do Começo, Depois do Fim, de José De Nicola, Editora Estação Brasil. A obra traz análises inéditas sobre as repercussões do evento central na cultura brasileira. As páginas pontuam acontecimentos ocorridos durante a Semana, além de momentos dos bastidores protagonizados pelos artistas que participaram do movimento. 

Tarsila: Sua Obra e Seu Tempo, de Aracy A. Amaral, Editora 34. Vanguardista na cultura e no comportamento, Tarsila destacou-se nas artes visuais, na literatura e por suas posições políticas. Esses aspectos são sublinhados pela obra, que é considerada um dos mais importantes ensaios críticos sobre Tarsila. 

Modernidade em Preto e Branco: Arte e Imagem, Raça e Identidade no Brasil, 1890-1945, de Rafael Cardoso, Editora Companhia das Letras. O livro oferece uma releitura radical do Modernismo, destacando a formação das primeiras favelas, o Carnaval e a outras expressões populares da época para contextualizar o movimento.

A Semana de Arte Moderna Vista Pelos Seus Contemporâneos, de Maria Eugenia Boaventura, Editora da USP. A edição apresenta uma coletânea de textos publicados em jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro em 1922, ajudando a entender as polêmicas entre escritores, artistas, críticos e jornalistas. 

Em Busca da Alma Brasileira – Biografia de Mário de Andrade, de Jason Tércio, Editora Estação Brasil. O livro traz documentos obtidos em primeira mão e as mais de 500 páginas propiciam ao leitor a reconstituição do contexto histórico ao qual o escritor e poeta esteve ligado durante toda sua vida pessoal e profissional. 

Semana de 22: Entre Vaias e Aplausos, de Márcia Camargos, Editora Boitempo. O livro tenta responder a pergunta: por que continua despertando interesse um evento que acarretou um prejuízo considerável a seus organizadores, foi difamado por boa parte da imprensa da época e recebeu mais vaias que aplausos?

Villa Lobos, Alma Brasileira – Marisa Schargel Maia, Editora Contraponto. Vaiado e aplaudido na Semana, o maestro criou mais de mil composições, misturando elementos clássicos com ritmos indígenas e músicas populares. A obra revela que ele concebeu um audacioso programa de educação musical, que permitiu a formação de centenas de professores. 

Itinerário de uma Falsa Vanguarda: Os Dissidentes – A Semana de 22 e o Integralismo, de Antonio Arnoni Prado, Editora 34. A edição oferece ao leitor uma contextualização da cultura brasileira e da crítica literária sobre as diversas correntes do Modernismo, expondo as ligações entre literatura e política na República Velha.

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