Sucesso nas redes sociais, com mais de meio milhão de seguidores(as), a professora baiana, Bárbara Carine Soares Pinheiro, é a autora do livro “Como ser um educador antirracista”, obra vencedora da 66ª edição do Prêmio Jabuti na categoria Educação.
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Realizado desde 1959 pela Câmara Brasileira do Livro, o Prêmio Jabuti é o reconhecimento literário mais importante do Brasil. A honraria celebra e destaca a qualidade do trabalho desenvolvido por autores(as) e demais profissionais envolvidos(as) na produção editorial e literária do país.
Bárbara comemorou a conquista recordando as dificuldades de sua trajetória até se tornar uma escritora e intelectual. Emocionada, ela comentou sobre o apagamento histórico do protagonismo dos(as) ancestrais negros(as) na invenção da escrita, do papiro e da universidade.
“Quero dizer para vocês hoje que nunca permitam que alguém que nunca lutou suas lutas, alguém que não sabe o que é ser você, diga quem você é, onde você pode chegar. A gente é genial, a gente é incrível, a gente consegue ganhar prêmios, mesmo neste país que nos extermina de tantas formas cotidianamente”, disse.
O livro
Em ‘Como ser um educador antirracista’, Bárbara Carine, discute sobre como a educação e a escola podem ser pensadas a partir de perspectivas não ocidentalizadas e, sobretudo, racializadas.
A autora esmiúça conceitos como pacto da branquitude, racismo estrutural, cotas raciais e educação emancipatória, para (re)pensar as ações pedagógicas e a formação e o papel dos(as) educadores(as).
A obra é resultado de anos de experiência da autora como educadora e idealizadora da Escola Maria Felipa, primeira escola afro-brasileira registrada em uma Secretaria de Educação no Brasil.
Longe de ser um manual com fórmulas prontas, o livro faz um convite aberto para o(a) leitor(a) conhecer e desenvolver práticas antirracistas em sala de aula e na vida.
“Como ser um educador antirracista” tem 160 páginas e foi publicado pela Editora Planeta. Está à venda nos formatos físico e digital, com valores a partir de R$ 24,90.
A autora
Conhecida nas redes sociais como “uma intelectual diferentona”, Bárbara se descereve como mãe, mulher negra cis, nordestina, professora, escritora, empresária, palestrante e influenciadora no perfil @uma_intelectual_diferentona no Instagram.
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É formada em Química e em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), tem mestrado e doutorado em Ensino de Química pela UFBA/UEFS. Realizou estágio de pós-doutorado na Cátedra de Educação Básica – IEA/USP.
Atualmente, é professora adjunta do Instituto de Química da UFBA e idealizadora, sócia e consultora pedagógica da Escola Maria Felipa, primeira escola afro-brasileira do país.
Bárbara é autora de mais outros 10 livros abordando a temática de educação e relações étnico-raciais. Texto com informações da editora Planeta.
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