Eles e elas são líderes da sociedade civil: representam escolas, partidos, igrejas, jornais independentes, grupos de pessoas que defendem a educação de qualidade e o direito dos(as) estudantes e trabalhadores(as), e hoje(03) estiveram juntos(as) na sede APP-Sindicato para discutir as práticas antissindicais que estão acontecendo no Brasil e no Estado do Paraná. Em pauta, os(as) profissionais analisaram a perseguição do governo Beto Richa à APP-Sindicato e somaram apoio para levar as reivindicações dos(as) servidores(as) às ruas na greve do dia 15 de março.
O cenário de riscos e perdas que atinge educadores(as) do Paraná foi amplamente debatido na reunião. “É evidente a ilegalidade das Resoluções. Com a retirada da hora-atividade, com a generalização de todos os problemas de saúde, dizendo que todos eram fraudulentos e corruptos. Isso é ilegal e uma maldade sem precedentes”, expõe o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão. “Para o governador, professor e funcionário trabalham pouco, ganham muito e têm muitos privilégios”, alerta o presidente.
Para Rafael Freire, professor e representante da Confederação Sindical das Américas é evidente que os ataques atingem a mais categorias. Esse é o momento em que os(as) trabalhadores(as) e entidades precisam estar unidos e protestar contra os ataques. “Toda perda que a gente tem de direito a gente não conquista facilmente. Por isso é melhor parar aqui para tentarmos avançar da onde estamos. Temos que saudar de estarmos juntos porque esse é o caminho correto: nos unificarmos e nos ajudarmos”, afirma.
Chega de ataques! – Os(as) trabalhadores(as) estão juntos(as) e em apoio aos(às) educadores(as) e este é o momento de organizar uma grande manifestação geral. “O Estado, em contrapartida, diz que como o Paraná está vivendo um período de crise, agora é a hora dos servidores darem sua contrapartida. Então a licença prêmio, a licença maternidade, os tratamentos de saúde, foram elencados como privilégios e, a pedido dos sindicatos patronais, enviaram ao governador um ofício pedindo a retirada dos nossos direitos assegurados em lei e o governador cedeu”, afirma a secretária estadual de Assuntos Educacionais da APP-Sindicato, professora Walkíria Olegário Mazeto. “Entre os servidores, nós educadores somos os que temos os menores salários. Essas medidas não são econômicas, elas não geram corte de gastos, elas são punitivas e servem como coação ao trabalhador”, reforça a secretária.