LGBTI+: 28 de junho representa as conquistas e a realidade vivenciada

LGBTI+: 28 de junho representa as conquistas e a realidade vivenciada

Junho é o mês do Orgulho LGBTI+

Hoje, 52 anos do Orgulho LGBTI+ (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, pessoas intersexo e todas identidades e orientações sexuais), uma história de muita resistência que começou em 1969, após a invasão da polícia ao bar gay Stonewall Inn, em Nova Iorque. O episódio marcado por repressão e violência motivou manifestações no dia seguinte em vários locais. Desde então, a data é reconhecida e destacada pela defesa dos direitos civis da população LGBTI+.

Em 2021, temos pandemia que resulta em muitas mortes diárias. Temos governos negacionistas que não respeitam as regras e nem o isolamento recomendados por cientistas e epidemiologistas. Da pesquisa para a realidade, o cenário é cruel. Abrem escolas e insistem nas aulas presenciais colocando em risco a vida da comunidade escolar. Mas, para a APP-Sindicato, a defesa sempre é feita, do diálogo para as medidas jurídicas, o Sindicato defende a vida, a educação – por uma escola emancipadora humana para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Sempre com respeito ao(à) próximo(a), este ano, a sede do Sindicato está colorida e com muita reflexão pelas cores da bandeira do LGBTI+ e por salvar vidas, na Avenida Iguaçu, 880, em Curitiba. Escola aberta, só na hora certa!

 

O cenário da pandemia é cruel e para as pessoas LGBTI+ a realidade é intensificada e violenta.

Pesquisas apontam o Brasil é marcado pela intolerância e ganha espaço com discursos de ódio cada vez mais transparentes. Segundo o Center for Talent Innovation, 61% de funcionários(as) gays e lésbicas decidem que é melhor esconder a sexualidade de gestores(as) e colegas em razão do medo de perderem o emprego. A referida pesquisa ainda demonstrou outros dados:

  • 33% das empresas do Brasil não contratariam para cargos de chefia pessoas LGBTI+;
  • 41% dos(as)funcionários(as) LGBTI+ afirmam terem sofrido algum tipo de discriminação em razão da sua orientação sexual ou identidade de gênero no ambiente de trabalho;
  • 90% de travestis se prostituem por não terem conseguido nenhum outro emprego, até mesmo aqueles(as) que têm boas qualificações.

 

A vida é uma escola pela construção sem LGBTIfobia – O secretário Executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+, professor Clau Lopes, ressalta a importância em abordar e acolher alunos(as) LGBTI+ longe da violência e do preconceito no ambiente escolar. “Nós, professores e funcionários de escola, temos muito trabalho a fazer. Os estudantes e educadores estão nas escolas em busca de um local seguro, inclusivo e de respeito pela diversidade das estruturas familiares, orientação sexual e identidade de gênero. Uma escola livre do preconceito e da discriminação oferece a todos o direito a um futuro digno”.

>> Em abril de 2020, o Superior Tribunal Federal (STF), por decisão unânime, enterrou o argumento de que a “ideologia de gênero” seria uma temática imoral para o ambiente escolar.

Para refletir – Temos uma luta que diz respeito à liberdade de expressão e do direito de ser quem somos. A APP–Sindicato orienta para que os(as) profissionais da educação trabalhem as questões de gênero e de sexualidade de forma educativa e enaltecendo o respeito ao próximo. 

Sabia que 17 de maio é o Dia Internacional de Luta contra a LGBTIfobia? É crime e as denúncias devem ser feitas! 

?100 – Disque Direitos Humanos

?153 – Guarda Municipal

?156 – Central de Atendimento da Prefeitura de Curitiba

?190 – Polícia Militar

 

Boa leitura!

Vamos colorir a vida com amor!

Eles sempre nos julgaram, nunca nos aceitaram como somos. 

Tentaram por várias vezes nos calar, nos amedrontar. 

Com seu julgamento, seu olhar de desprezo, um ódio que não sabíamos de onde vinha. 

Aquilo doía na nossa alma. 

Queimaram nosso corpo, sufocaram nossa alma. 

Ceifaram nossa identidade. 

Continuaram nos matando. 

Mas, continuamos cada vez mais fortes. 

Continuamos seguindo e seguindo, como temos feito desde o passado. 

Sempre juntos! 

Pra dor ninguém mais volta

Não mais nos matarão! 

Não mais ceifarão nossas vidas! 

Um novo tempo virá

Pra que a gente possa florescer!

Combateremos tudo isso com amor! 

Combateremos o ódio com a paz e com o conhecimento! 

Esperançamos do verbo esperançar! 

Lutamos do verbo lutar! 

Resistiremos do verbo resistir!

Assim, a vida se enche de cor…

Só o amor, só amor… 

Eles não vão vencer, não há de ser em vão…

(Poema de Clau Lopes)

? Dicas de leitura, incluindo o Almanaque LGBTQIA+ da CUT, lançado dia 20 de junho (aqui).

– Diversidade Sexual e Direito Homoafetivo, coordenação Maria Berenice Dias, RT, 2014;

– Manifesto contrassexual: práticas subversivas de identidade sexual;  Beatriz Preciado. Editora: N-1 Edições; 1ª edição (1 janeiro 2015);

– História Do Movimento LGBT No Brasil, organização James, N Green e outros, Alameda, 2018;

– Viagem Solitária; João W. Nery. Editora Leya, 2ª edição, 10 junho de 2019.

– De Cadu a Duda: a História com Final Feliz de uma Garota Trans; Dani Balam. Cartola Editora; 1ª edição (29 outubro 2020);

 

? Dicas de vídeos:

:: A dor da homofobia (aqui)

:: E se fosse com você? (aqui)

:: ONU pela diversidade LGBT e luta contra homofobia (aqui)

:: Combater a Homofobia e a Transfobia (aqui)

:: Por que 17 de maio é o Dia Internacional contra a Homofobia? (aqui)

 

 

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