Lançamento: 21ª edição da Mátria conta como mulheres têm ocupado espaços de poder APP-Sindicato

Lançamento: 21ª edição da Mátria conta como mulheres têm ocupado espaços de poder

A presidenta da APP-Sindicato, Walkiria Mazeto, aborda sobre o machismo estrutural vivenciado nas escolas e nas estruturas sindicais

Reprodução CNTE

Março é mês das mulheres e das suas lutas históricas, e com ele a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lança a 21ª edição da Revista Mátria.

Edição de 2023 traz o tema “De Volta ao Jogo – Com o poder do protagonismo, elas começam a virar o jogo político a favor das mulheres”. “A partir da imagem da foto já histórica das mulheres presentes na posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, construímos a ideia da diversidade que esperamos ver se realizar após um período tenebroso de retrocessos e violência”, registra a CNTE.

O destaque desta edição fica por conta da ocupação do poder por olhares e fazeres femininos, dentro e fora do Executivo, Legislativo e Judiciário – inclusive no movimento sindical. Entre os destaques, a APP marca presença com a presidenta Walkiria Mazeto, a terceira mulher à frente do Sindicato em 75 anos de história. Ela comenta sobre o tema e a reprodução da desigualdade nas escolas. “Se tiver um homem competindo à direção, ele sempre ganha, porque ele vai ser um bom diretor. Como se nós mulheres não tivéssemos a condição de fazer gestão das nossas escolas. E assim acontece no processo sindical”.

“Isso é uma construção diária, que a gente precisa fazer. As mulheres precisam estar nos cargos de poder, mas também defender um projeto de superação do machismo estrutural. E precisam defender um projeto popular, porque senão vão reproduzir a opressão, machismo e tudo que a gente vive no dia a dia”, disse Walkiria.

Reprodução Revista Mátria

A Mátria enfoca mulheres na política como a comandante do Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves; a primeira senadora eleita por Pernambuco, Teresa Leitão; a primeira mulher titular do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil, Luciana Santos; e a deputada federal Carol Dartora, uma voz paranaense negra da educação pública que enfatiza a importância da luta contra o pensamento neonazista.

Reprodução Revista Mátria

Confira também o perfil de Sonia Guajajara, à frente do primeiro Ministério Indígena de um país em crise social diante da miséria dos povos originários. É a luta das trabalhadoras rurais para manter viva a diversidade nacional.

Outros assuntos da revista mostram a gravidade dos ataques terroristas nas escolas, o extremismo de ações, entre tantos desafios enfrentados por mães de todo o país para manter os(as) filhos(as) nas escolas – e como a mercantilização da educação tem comprometido o futuro de milhares de jovens na América Latina.

 >> A Mátria é distribuída gratuitamente para sindicatos, escolas e bibliotecas públicas e você também pode ler aqui.

Boa leitura, reflexões e aproveite as dicas culturais da Mátria para aprender, lutar e levar para a sala de aula o debate sobre o machismo e o patriarcado.

*Com informações da CNTE

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