A vida do professor Lindolfo Kosmaski, de 25 anos, foi ceifada por Robson José Voinarski há quase dois anos. Mas a justiça deu, nesta terça-feira (18), um importante passo contra a LGBTIfobia.
O assassino foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão. Educadores(as) da APP-Sindicato, familiares, amigos(as) e colegas de vida e de luta de Lindolfo no MST acompanharam as mais de 18 horas de julgamento desde as 8h da manhã.
Foi um dia de tensão e comoção, além da indignação reavivada com os relatos do dia 1º de maio de 2021, em que a vida do jovem Lindolfo, professor da rede estadual, gay, camponês e militante do Movimento Sem Terra foi interrompida.
Clau Lopes, secretário executivo da Mulher Trabalhadora e dos Direitos LGBTI+ da APP, fala da dor e do sofrimento vivenciados ao ter que ouvir minuciosamente o que houve de fato com Lindolfo. “Não tenho dúvidas de que Lindolfo neste momento se tornava semente. Sabemos que 19 anos de condenação é pouco pelo crime cruel e perverso. Mas foi um passo importante da justiça para jamais esquecermos quem foi o professor Lindolfo – que semeava amor, esperança e prosperidade na luta pela pauta da diversidade e de direitos humanos”.
Nas palavras do poeta Pedro Tierra:
“…que um povo não se mata
como não se mata o mar
sonho não se mata
como não se mata o mar…”
Ele se foi, mas nunca nos deixou: Lindolfo, presente, livre do ódio e da intolerância!
>> Nota de repúdio e de solidaridade à família do professor Lindolfo Kosmaski