Estudantes do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas que não solicitaram isenção da taxa do ENEM em abril terão a oportunidade de efetuar o pedido durante o período de inscrições, entre a próxima segunda-feira (5) e o dia 16 de junho.
A participação gratuita no ENEM é prevista também para pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e quem cursou todo o Ensino Médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Para estes(as) candidatos(as), no entanto, o período para solicitar a isenção terminou em abril.
No Paraná, de acordo com dados do MEC, cerca de 59 mil pedidos de isenção da taxa foram aprovados.
Inscrições
No site oficial do Inep, o(a) estudante pode acessar a Página do(a) Participante para efetuar a inscrição. Para isso, é necessário preencher informações como o Cadastro de Pessoa Física (CPF), Registro Geral (RG), data de nascimento, endereço de residência e demais dados necessários, além de preencher um questionário socioeconômico.
>> Link para inscrição do ENEM
Ao término, caso não possua o direito da isenção, será redirecionado à área de pagamento. O valor da taxa, neste caso, é de R$ 85,00 (oitenta e cinco reais), e o pagamento deverá ser efetuado no período de 5 a 21 de junho.
Estudantes que já solicitaram a isenção também precisam realizar a inscrição normalmente no período de 5/06 a 16/06, já que a concessão do benefício não significa que o(a) participante esteja inscrito no Exame.
Os(as) candidatos(as) que necessitam de Atendimento Especializado – recursos para garantia de acessibilidade a pessoas com deficiência ou condição especial – ou Tratamento pelo Nome Social – destinado a transgêneros e travestis – também devem realizar a socilitação durante a inscrição.
Na semana que antecede a realização da prova, o(a) candidato(a) terá acesso ao cartão de confirmação com informações sobre data e horário da prova, local e sala de realização, idioma estrangeiro optado pelo participante, cronograma das provas. A prova deste ano será realizada nos dias 5 e 12 de novembro. Já o gabarito será disponibilizado no dia 24 de novembro. Por fim, o resultado estará disponível no dia 16 de janeiro de 2024.
Como a prova é composta?
No dia 5 de novembro, primeiro dia de prova, o(a) candidato(a) terá acesso ao caderno de prova com 90 questões referentes às seguintes disciplinas: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de uma Redação que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema. Para isso, o candidato terá disponível 5 horas e 30 minutos, das 13h30 às 19h.
Já no dia 12 de novembro, segundo dia de exame, serão aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias, com 90 questões e duração de 5 horas, das 13h30 às 18h30.
Treineiros(as)
Os(as) alunos(as) que não possuem previsão de conclusão do Ensino Médio para 2023, mas que desejam realizar a prova como teste, estarão submetidos(as) às mesmas regras que os(as) demais participantes. Ou seja, também precisarão realizar a inscrição no período de 5/06 a 16/06.
A única regra exclusiva aos(às) “treineiros(as)” refere-se à divulgação dos resultados, que, por serem para fins de autoavaliação de conhecimentos, serão divulgados 60 (sessenta) dias após a divulgação dos resultados do ENEM.
Os resultados individuais não poderão ser utilizados pelo(a) participante “treineiro(a)” para as finalidades de ingresso ao ensino superior. O(a) participante “treineiro(a)” deve estar ciente de que sua participação no Enem 2023 visa somente à autoavaliação.
Histórico
O Enem foi criado em 1998 e é uma avaliação aplicada anualmente pelo Ministério da Educação. O exame é uma das principais formas de acesso ao ensino superior no país e também uma das maneiras utilizadas para avaliar a qualidade da educação brasileira. De acordo com um levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2018, pessoas com ensino superior ganham 2,5 vezes mais do que alguém com ensino médio.
A expectativa é que após seis anos de retrocessos por conta de políticas de ataque à educação pública, o país volte a investir no ensino superior. Em abril, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a liberação de R$ 2,44 bilhões em investimentos para as universidades federais e elevou o orçamento das faculdades ao mesmo patamar de 2019.