Início caótico: professores(as) PSS sofrem com bagunça generalizada em distribuição de aulas

Início caótico: professores(as) PSS sofrem com bagunça generalizada em distribuição de aulas

A APP continua acompanhando a distribuição em todo o Paraná e ressalta que a APP briga para que todos(as) os(as) professores(as) que passaram por todas as etapas sejam respeitados

Filas, atrasos, falta de resposta sobre a documentação e cancelamentos marcaram a distribuição de aulas para professores(as) do regime PSS, que iniciaram nesta quarta-feira (29).

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A situação caótica foi registrada em diversos Núcleos da Educação do Estado, que sob diretrizes da Secretaria de Estado da Educação (Seed), têm dificultado a vida dos profissionais.

Ainda no final do ano, a Seed direcionou uma ordem para que os(as) educadores(as) do regime entregassem a documentação necessária em um envelope lacrado, sem devida checagem. O resultado não poderia ser outro: diversos profissionais sem saber se os documentos foram deferidos ou não.

Segundo um dos coordenadores(as) do Departamento de PSS da APP, Élio Silva, parte da desorganização também é culpa do Instituto Consulplan, que desde a divulgação da classificação final trouxe transtorno para o processo, além dos problemas nas etapas em que os(as) candidatos poderiam apresentar recursos.

“Os(as) candidatos não tiveram seus recursos acolhidos, mas houve situações que não foram corrigidas e isso prejudicou muitas pessoas na classificação e por consequência na distribuição de aulas”, explica.

A APP defende que os Núcleos abram um prazo para que os(as) professores(as) possam entregar os documentos faltantes sem prejudicar a posição na distribuição.

“A maioria dos PSS estão sem saber se os documentos que foram entregues foram deferidos ou os que faltaram. Não sabemos se os Núcleos abrirão a possibilidade de, em caso de falta de documento, o(a) professor(a) possa entregar agora no momento, no ato de escolher as aulas. Defendemos que seja permitido”, pontua o coordenador. 

Esse foi o caso da professora Flávia Unbehaum Ferraz, que leciona Língua Portuguesa em Londrina. A educadora estava como segunda colocada na lista e por um problema no seu cadastro, em comparação com sua documentação, foi desclassificada. 

“Eu era a segunda colocada na lista de PSS em Língua Portuguesa em Londrina. No momento que chamaram meu nome, apresentei o documento com foto, mas a distribuidora Thais me avisou que havia um documento errado. Meu e-social pareceu com divergência pois no documento constava meu nome com acento e no cadastro deles (no e-social) meu nome estava sem acento e que eu deveria ir ao correio ou ao BB para normalizar. E isso foi o motivo da minha desclassificação”, conta Flávia.

A professora, que leciona há mais de 14 anos como PSS, diz que se sentiu humilhada e que os anos de experiência não serviram de nada para a Seed.

“A minha indignação vem pelo fato de que os Núcleos não passam para nós uma lista dos documentos que foram homologados. Aí no momento da distribuição, na frente  dos demais concorrentes, eu recebo a notícia que fui desclassificada e por uma acentuação no nome. É muito humilhante isso e me questiono, do que vale a prova e o tempo que trabalhei ? ou os cursos que o governo exige que o professor faça?” questiona a educadora.

O Sindicato enfatiza que os(as) educadores(as) formalizem uma denúncia formal relatando os problemas enfrentados nas distribuições de aula. As denúncia poderão ser encaminhadas no e-mail: [email protected].

O NS de Londrina também abriu um formulário para acolher as denúncias. Acesse o link aqui!

Curitiba cancela distribuição

Em Curitiba a situação foi ainda mais crítica. A distribuição que seria realizada na última quarta-feira (29) foi cancelada e agendada para o dia 30, 31 de janeiro e 1 de fevereiro. 

Clau Lopes, também coordenador do departamento PSS reforça que o cancelamento no NRE de Curitiba demonstra a desorganização da Seed, que já foi denunciada em outras ocasiões pela APP.

“Isso demonstra preocupações para nós professores PSS, demonstra o quanto a Seed ainda está desorganizada. Já pedimos há muitos anos um banco de dados, pois todos os anos entregamos a mesma documentação, até para garantir a organização da distribuição de aulas, mas isso não acontece”, enfatiza Clau.

A APP continua acompanhando a distribuição em todo o Paraná e ressalta que a APP briga para que todos(as) os(as) professores(as) que passaram por todas as etapas sejam respeitados. Neste sentido, o Sindicato continua orientando e a qualquer denúncia, ações serão formalizadas.

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