A noite transcorreu tranquilamente e sem confrontos com a Polícia. Os trabalhadores e trabalhadoras da educação que pernoitaram no Centro Cívico da capital paranaense fizeram uma vígila, nesta madrugada, para clamar aos(às) líderes do governo retirada ou a rejeição ao PL 252/2015, o impopular projeto da previdência.
Se a educação pública e os direitos dos(as) servidores(as) está ao relento, a sede Assembleia Legislativa, onde hoje (29) ocorrerá a votação do projeto, está sob um forte esquema de segurança. Um aparato humano e bélico jamais visto ao redor da Casa do Povo. O governador teme que os(as) trabalhadores(as) possam atrapalhar a votação da proposta que aliviará temporariamente as contas do governo do Estado.
A situação é tão calamitosa que preocupa até as instituições federais. Ontem (28) o Senado divulgou a aprovação de uma Comissão Temporária Externa para acompanhar a forma como o governador vem tratando os(as) dirigentes sindicais, trabalhadores(as) e estudantes ao impedi-los(as) de acompanhar uma sessão legislativa que deveria ser aberta ao povo.
A comissão será composta por cinco senadores(a) e chega hoje a Curitiba para acompanhar a greve e a votação do projeto. O requerimento para a criação do colegiado foi apresentado pela senadora Gleisi Hoffmann e pelo senador Roberto Requião.
Enquanto isso, no Centro Cívico a concentração de professores(as) e funcionários(as) só aumenta. São servidores(as) de outras categorias, estudantes e comunidade escolar, de várias partes do Paraná, que chegam na manhã de hoje para somar esforços a uma luta de todos(as) os(as) paranaenses.
O povo não aguenta mais tanto desrespeito e o apoio à greve dos(as) trabalhadores e trabalhadoras da educação é crescente, para o desespero de governo que proporcionalmente ao tamanho da greve, aumenta o número de ameças à categoria. A direção estadual e o comando de greve da APP-Sindicato não saíram do local desde segunda-feira e lutarão para que a decisão do Tribunal de Justiça do Estado, que dá direito a que uma parte dos manifestantes ocupe ordeiramente as galerias do Plenário, seja cumprida.
Educador(a), hoje é o dia da votação. Venha para esta luta na defesa dos direitos da nossa categoria e de todo o funcionalismo público.