Greve da educação e ocupação da Alep continuam APP-Sindicato

Greve da educação e ocupação da Alep continuam

Funcionalismo estadual protesta contra reforma da Previdência do governo Ratinho Junior

Servidores(as) públicos(as) em greve ocuparam o prédio da Assembleia Legislativa (Alep) na tarde desta terça-feira (3) em protesto contra a reforma da Previdência do serviço público estadual apresentada pelo governo Ratinho Júnior. A Polícia Militar tentou impedir o acesso ao prédio, mas os(as) funcionários(as) conseguiram furar o bloqueio para exercer o direito de acompanhar a reunião dos(as) deputados(as) estaduais. Com a pressão das galerias, lotadas, o presidente da Alep encerrou a sessão.

Em seguida, a APP-Sindicato realizou uma assembleia na Praça em frente ao Palácio Iguaçu. Professores(as) e funcionários(as) de escola aprovaram, por unanimidade, a continuidade da categoria na greve e o estado de assembleia permanente. O funcionalismo exige a retirada dos projetos que alteram as regras da aposentadoria e montou um acampamento em frente a sede do governo para cobrar a abertura de mesa de negociação.

“O Paraná não tem necessidade de aprovar esse projeto neste momento e sem conversar com a categoria. Vários estados também estão discutindo esse tema, mas em diálogo com seus servidores. Já aqui, Ratinho Junior, que se elegeu prometendo diálogo, quer alterar nossa aposentadoria com um tratoraço, sem nenhum respeito com o servidor público”, disse a secretária Geral da APP-Sindicato, Vanda do Pilar Santana.

Os(as) trabalhadores(as) estão em greve desde segunda-feira (2) e mais de 50 ônibus do interior vieram à capital nesta terça. Levantamento do Sindicato indica que cerca de 80% das escolas estaduais aderiram ao movimento. Nesta quarta-feira (4) está confirmada a chegada de novas caravanas. A concentração em frente ao prédio da Alep está marcada para 8h e uma nova assembleia da APP-Sindicato será realizada no final do dia para avaliar o movimento.

Pela proposta, Ratinho Junior quer subir de 11% para 14% a alíquota de contribuição e aumentar a idade mínima de 65 anos para homens e de 62 anos para mulheres se aposentarem. “Os mais baixos salários são os que mais irão ter desconto e ainda terão que trabalhar mais. Até dos aposentados o governador quer cobrar contribuição”, denuncia o presidente da APP-Sindicato, professor Hermes Silva Leão.

Os(as) educadores(as) também exigem a manutenção do Ensino Médio noturno e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Em recente comunicado, a Secretaria de Educação anunciou o fechamento de turmas dessas modalidades em todo o estado.

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