A situação do funcionalismo público vinculado ao Poder Executivo, após calote do governo que não paga a reposição da inflação desde 2015, foi repassada pelo Fórum das Entidades Sindicais do Paraná (FES) e associações de Militares ao novo secretário de Estado da Fazenda, José Luiz Bovo, em reunião na tarde desta quinta-feira (18).
O débito com os(as) trabalhadores(as) já está acumulado em 11,53%, explicou uma das coordenadoras do FES, a professora Marlei Fernandes.
“Há uma dívida do Estado com os(as) servidores. Trouxemos uma demanda, que já foi apresentada para a governadora Cida Borghetti (PP), e entendemos que é possível de ser atendida”, disse Marlei.
Durante o encontro, que representa uma retomada de diálogo, processo interrompido pelo ex-governo Beto Richa (PSBD), as lideranças sindicais apresentaram estudo demonstrando que o Estado tem condições financeiras e legais para pagar a reposição deste ano.
De acordo com o economista Cid Cordeiro Silva, o governo estadual tem feito projeções pessimistas para tentar justificar o não pagamento da reposição na data-base. Segundo ele, a previsão do orçamento deste ano está subestimada em R$ 2 bilhões.
Com o calote do governo, a realidade dos trabalhadores(as) tem sido de prejuízos, dificuldades financeiras e perda do poder poder aquisitivo e atingido todas as categorias do funcionalismo público estadual.
Bovo agradeceu os estudos apresentados, os relatos das lideranças e afirmou que recebeu orientação da governadora para resolver os problemas através de diálogo atendendo as demandas do Estado e o efetivo controle das contas públicas.
Além da coordenação do FES, participaram da reunião para cobrar o pagamento da data-base representantes da Associação da Vila Militar (AVM), da Associação dos Oficiais Policiais e Bombeiros Militares do Estado do Paraná (ASSOFEPAR), da Associação dos Delegados de Polícia do Estado do Paraná (ADEPOL) e da Associação de Praças do Estado do Paraná (APRA).