Após notícias que a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) não adotarão o sistema informatizado de gestão de recursos humanos imposto pelo governo do Estado, o Conselho Universitário, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), decidiu, por unanimidade, que a UEM também não utilizará o programa Meta-4.
Para as universidades, o Meta-4 interfere diretamente na autonomia das instituições à medida que tira liberdade para a gestão de pessoal, interfere na gestão didático-científica e na organização dos processos administrativos, assegurados pelas Constituição Federal e Estadual. A APP-Sindicato já havia exposto o desmonte nas universidades no início de junho (veja a matéria aqui), quando alertou que o Estado já começava a fazer os primeiros cortes nos repasses às universidades que, na época, não aderiram ao novo sistema.
Para a UEL e a Unicentro, o bloqueio ocorreu no início deste mês e as instituições começam a sentir dificuldades para manter alguns cursos de pesquisa e extensão e também serviços destinados à comunidade local. De acordo com o Conselho da UEM, a medida é uma punição injusta e arbitrária, pois o governo deixa de repassar recursos gerados pela própria Universidade.
Em declaração à imprensa, nesta terça-feira(21), o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, reafirmou que o Estado “mantém a decisão de incluir as universidades estaduais no sistema de gestão da folha de pagamentos dos servidores públicos”. Rossoni também confirmou que manterá o bloqueio de recursos financeiros para as universidades que recusaram à adesão.
Com informações: Assessoria de Comunicação Social UEM