Governo Ratinho Jr impõe votação sobre militarização em mais 16 escolas do estado APP-Sindicato

Governo Ratinho Jr impõe votação sobre militarização em mais 16 escolas do estado

A APP-Sindicato destaca que a gestão adota uma postura autoritária, sem ouvir a comunidade

Foto: APP-Sindicato

Após uma consulta pública sobre a militarização das escolas públicas paranaenses marcada por autoritarismo e desrespeito com trabalhadores(as) da educação, estudantes e comunidade escolar, a Secretaria de Estado da Educação e Esportes (Seed) selecionou mais 16 escolas para impor o modelo polêmico. Atropelando novamente o debate e impondo um período curto de seleção (11 e 12 de novembro), Ratinho Jr e o secretário da Educação, o empresário Renato Feder, repetem a conturbada consulta realizada nas últimas semanas.

A APP-Sindicato aponta que além da lei aprovada em regime de urgência em meio a pandemia, a votação desrespeita a democracia, pois é feita de forma aberta, ilegal e sem uma consulta ou audiência pública com estudantes e pais. Outro aspecto duvidoso do processo de seleção é a utilização da máquina pública e os Núcleos Regionais da Educação (NREs) como instrumento de propaganda do modelo, ignorando todos os questionamentos. O Sindicato ainda explica que a ênfase na falida educação moral e cívica cria uma diferenciação das escolas para ricos e pobres, já que uma incentiva a questionar e a outra apenas a obedecer. 

O presidente da APP-Sindicato, Professor Hermes Leão, salienta que o governo Ratinho Jr descumpre leis e compromissos firmados, fomentando o negacionismo da pandemia, mesmo com a circulação comunitária do Covid-19 (Coronavírus) nas 16 escolas que passarão pela consulta sobre a militarização. “Jamais em toda a história da educação pública do Paraná houve uma gestão da Seed tão perversa, despreparada e que a toda semana descumpre leis e compromissos”.

Já sobre o financiamento destas unidades, a APP-Sindicato explica que serão destinados R$ 80  milhões dos recursos da educação para reformas e compra de uniformes somente das escolas militares, o que fere o princípio da isonomia. O professor Hermes Leão aponta que junto com esta medida, o governo insiste em impor medidas que atacam Professores(as) e Funcionários(as) de escola, sem qualquer respeito com estes(as) trabalhadores(as), que por anos prestam serviço ao estado. 

“800 policiais aposentados serão empregados na militarização de 200 escolas estaduais do Paraná. Enquanto isso, o secretário Renato Feder pretende desempregar 29 mil professore(as) e funcionárias(os), que há anos contribuem com a educação dos estudantes paranaenses em meio a pandemia”, conta o presidente do Sindicato.

Confira as escolas selecionadas:

Colombo – Colégio Estadual Rui Barbosa

Itaperuçu – Colégio Estadual Luiz Maltaca

Campo Largo – Colégio Estadual Augusto Vanin

Campo Mourão – Colégio Estadual Osvaldo Cruz e Colégio Estadual Marechal Rondon 

Curitiba – Colégio Estadual Cândido Rondon e Colégio Estadual João Turin

Douradina – Colégio Estadual Douradina (Cidade com pouco mais de 8 mil habitantes e somente uma escola estadual)

Foz do Iguaçu – Colégio Estadual Presidente Castelo Branco e Colégio Estadual Sol de Maio

Jardim Alegre – Colégio Estadual Anita Garibaldi

Cambará – Colégio Estadual Dr. Generoso Marques

Londrina – Colégio Estadual Professora Vani Cruz Viessi

Maringá – Colégio Estadual Duque de Caxias 

Sarandi – Colégio Estadual Vereador Luiz Zanchim

Cruzeiro do Oeste – Colégio Estadual Cruzeiro do Oeste

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