Governo quer cancelar programas de contraturno nas escolas

Governo quer cancelar programas de contraturno nas escolas


Os Núcleos Regionais de Educação encaminharam às escolas, no fim da última semana, um informativo dizendo que os programas realizados em contraturnos serão cancelados no dia 18 de novembro, próxima sexta-feira.

O informativo alega que a Secretaria de Educação (Seed) foi notificada pela Secretaria de Fazenda (Sefa) que já ultrapassou o limite prudencial da folha de pagamento de pessoal. E, por isto, está sendo tomada esta medida emergencial para “redução dessas despesas”.

A APP-Sindicato é absolutamente contra o cancelamento de programas em contraturno, como o Sala de Apoio à Aprendizagem. A medida adotada pela Seed, de acatar a decisão da Sefa, desorganiza novamente a escola e a rotina da comunidade escolar. De acordo com a secretária Educacional da APP, a professora Walkíria Mazeto, isso deve afetar milhares de alunos que contam com as atividades realizadas nas escolas.

Walkíria afirmou que a APP solicitou que a Secretaria de Educação reveja a decisão e que não se confirme o encerramento dos programas até o dia 18. Os(as) educadores(as) PSS e de aulas extraordinárias devem ser prejudicados com a decisão da Secretaria. “Os PSS que tiverem aula só com os programas ficarão sem aulas. A Secretaria não se pronunciou se o contrato será encerrado ou não. Quando encerra alguma aula do PSS, ele pode ter o contrato aberto até trinta dias pra poder assumir, caso surja outra aula. Como já estamos no fim de ano, muitos correm o risco de ter os seus contratos encerrados. Os professores QPMs que têm aula extraordinária, ficam sem elas, pois agora não existe redistribuição de aulas em pleno fim de ano”, comenta.

O cancelamento destes programas deve trazer um imenso transtorno para as escolas, já que falta apenas um mês para o ano letivo terminar. “A gente já está num processo de reorganização das escolas para reposição de aulas. Todo mundo fazendo um esforço para repor. Aí o Estado vem e desorganiza mais uma vez a escola, só que agora para reduzir o atendimento e não pra ampliar”, explica Walkíria. “Este é um sinal do risco que a gente corre pro início do ano não ter nenhum projeto ou programa de contraturno. E aí a Seed diz que quer ampliação do tempo integral. A gente não quer ampliação do tempo integral para 10 escolas, onde sacrifique as outras 2 mil da rede”, ressalta a dirigente.

A APP-Sindicato entrou em contato com a Secretaria de Educação e pediu uma reunião para debater o tema. A reunião havia sido marcada para amanhã (17), às 9h30. No entanto a Secretaria pediu para ser cancelada e deve remarcar.

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