A Secretaria de Estado da Educação noticiou, em seu portal, que a secretária Ana Seres e o governador Beto Richa foram até Brasília entregar o relatório dos seminários que debateram a reforma do Ensino Médio ao ministro da Educação, Mendonça Filho.
A nota da Seed informa que foi apresentado ao ministro o resultado das participações nos debates realizados no dia 13 deste mês, resultados que, de acordo com a Secretaria, geraram contribuições e proposta de aprimoramento à MP.
No entanto, a APP-Sindicato acompanhou todos os debates, das 32 regionais, e ficou definido pela grande maioria que o Paraná rejeita a MP. Ao contrário do que disse o governador Beto Richa, os(as) professores(as), estudantes, comunidade e outros(as) presentes, a intenção não é aprimorar a proposta e, sim, rejeitá-la em sua totalidade.
A secretária Educacional da APP-Sindicato, que esteve presente no breve debate proposto pela Seed, explica que o recado dado ao ministro não condiz com a realidade. “Nós esperávamos que a secretária de Educação e o governador formalizassem ao ministro o que realmente foi dito na reunião do dia 13: que o Estado do Paraná não concorda com a Medida Provisória. Nós não temos emendas para a MP, não temos contribuições, não temos nenhum acréscimo. Queremos a retirada dela inteira e completa. Sim, estamos dispostos a debater o Ensino Médio, mas não este modelo imposto pela MP”, explica.
Além disso, Walkíria destaca que, também ao contrário do que diz a Seed, não foi realizado no Paraná um ‘debate aberto com a comunidade’. “Foi chamado apenas um dia para discussão e colocado um questionário na internet, isso não é amplo e nem democrático. Queremos discutir com todos e todas da comunidade escolar, além de especialistas da área. Esse modelo da MP não nos cabe”, diz.
Ocupações – No Paraná, os(as) estudantes têm se posicionado veementemente contra a reforma do Ensino Médio. Até às 13h de hoje (18), 688 foram ocupadas de acordo com a União Paranaense de Estudantes Secundaristas, a Upes. A APP-Sindicato apoia a ocupação dos Estudantes nas Escolas do Paraná e também no Brasil por se tratar de uma luta dos estudantes, de livre organização, em defesa da Escola Pública e de uma Educação Pública de Qualidade para todos e todas, por entender que as reivindicações estudantis são legítimas e as ocupações são pacíficas.