Governo mente quando diz que educação é prioridade

Governo mente quando diz que educação é prioridade


Publicidade paga com o dinheiro público para dizer, com palavras enfeitadas e informações distorcidas, que neste ano o governo do Estado vai pagar menos e fazer com que professores(as) e funcionários(as) trabalhem mais – e que isso se trata de “investimento na educação”.

O ano de 2017 começou com desrespeito e novas ameaças. Além de não pagar a defasagem da inflação (estabelecida pela lei da data-base) o governador Beto Richa (PSBD) anuncia um novo golpe em uma reunião-bomba com a APP-Sindicato. Ele pretende reduzir a hora-atividade dos(as) professores(as) da rede estadual.  (Leia aqui a matéria sobre o tema), contratando assim, menos professores(as) e ainda quer punir os(as) educadores(as) que se afastarem para tratamentos de saúde, por exemplo, com penalidades na carreira.

É preciso ficar atento(a), quando o governo fala em investimentos na educação. Somente na carreira dos(as) educadores(as) são três golpes que achatam o salário da categoria: o descumprimento da lei da data-base; o atraso de mais de dois anos nas promoções e progressões  e o não cumprimento do piso salarial. O revoltante é que, depois de muito trabalho do Sindicato e resistência da categoria, inclusive com greve, o governo implantou progressões e promoções, mas o governador vem a público dizer que esta investindo milhões na educação. Milhões acumulados em dívidas atrasadas, que foram tiradas da renda de milhares de famílias dos(as) educadores(as).

Parece também que se trata de um ótimo governo, quando ele publiciza que modernizou 1.000 instituições de ensino. Mas não é bem essa a realidade de quem vive no chão das escolas. Fazer manutenção do que cai ou quebra, vira tema para a propaganda do governo. Aliás, para onde foram os R$ 30 milhões que estão sob investigação da Operação Quadro Negro, governador? Quantas escolas não seriam construídas e reformadas com o montante?

2017 continuará intenso. Os(as) trabalhadores(as) da educação, pais, mães, responsáveis e também nossos(as) estudantes precisarão ficar atentos(as) e firmes diante das mentiras divulgadas. É preciso munir-se de informação para não cair no discurso da propaganda do governo. Afinal, desde o 29 de abril de 2014, Beto Richa vem deixando bem claro sobre até onde está disposto a ir: a marca deste governo é o uso da violência, o ataque físico e moral aos(as) trabalhadores(as) e a precarização do ensino. Quando dizemos que teremos que lutar, falamos da resistência diária, da participação coletiva e o esforço de todos e todas para buscar, por meio da lei, da justiça e da informação, o que é nosso direito e o direito dos(as) nossos(as) alunos(as) a terem uma educação pública de qualidade. Nós não cairemos nas armadilhas deste governo, pois continuaremos a desempenhar com profissionalismo nosso trabalho nas escolas e, com a mesma garra, vamos cobrar, onde e como for preciso, o que nos é de direito. Essa é a nossa batalha este ano!

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