Em resposta aos ataques do governo Jair Bolsonaro e o Ministro da Educação Abraham Weintraub contra as universidades públicas do país, docentes, estudantes e servidores(as) técnico-administrativos estão se movimentando para revogar o corte de 30% das verbas para as universidades.
No Paraná, a APUFPR-Sind convocou uma reunião nesta sexta-feira (03), pátio da Reitoria, para debater os cortes de quase R$ 50 milhões que afetam a UFPR. Também participarão membros da comunidade externa, entidades da sociedade civil e dos movimentos sindical e social. ” A APP enfrentará mais essa luta na defesa de uma educação pública e gratuita para que os/as filhos/as dos/as trabalhadores/as possam chegar às universidades”, destaca Walkíria Mazeto, Secretária de Finanças da APP-Sindicato.
Bloqueio de Verbas
Com o bloqueio anunciado pelo MEC, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) perdeu cerca de R$50 milhões de reais. O corte já foi aplicado e pode ocasionar a interrupção das atividades da universidade no segundo semestre. Em nota, a UFPR destaca que este corte, impactará itens relativos ao próprio funcionamento da instituição, atingindo diretamente despesas ordinárias como consumo de água, energia, contratos de prestação de serviços, restaurantes universitários, entre outros.
Na Universidade Tecnológica do Paraná (UTFPR), o corte dos repasses foi de R$43,8 milhões e afetará despesas como diárias de viagens de pesquisadores a eventos, conta da luz, água e telefone em 13 cidades do Paraná.
Universidade mais antiga do país
Sendo a mais antiga universidade em funcionamento no país, a UFPR atende a uma comunidade com mais de 33 mil alunos, em 164 cursos de graduação e 89 programas de pós-graduação com 89 mestrados e 61 doutorados, além de 45 cursos de especialização e profunda inserção na nossa comunidade em 392 projetos e programas de extensão.
Confira a nota da UFPR:
” Nota à comunidade: cortes anunciados pelo governo ameaçam a continuidade das atividades da UFPR
A Universidade Federal do Paraná (UFPR) informa que recebeu hoje (02) a comunicação, por parte do Ministério da Educação (MEC), sobre o bloqueio orçamentário de 30% das verbas destinadas ao seu custeio. Este corte, de mais de 48 milhões de reais, impactará itens relativos ao próprio funcionamento da instituição, atingindo diretamente despesas ordinárias como consumo de água, energia, contratos de prestação de serviços, restaurantes universitários, entre outros. Se esta medida não for revertida, as consequências serão graves para o desempenho das atividades da UFPR no segundo semestre de 2019.
A UFPR reforça, como tem feito reiteradamente, que o investimento nas universidades federais é importante para a soberania nacional, para a formação de excelência das futuras gerações, para o aumento da qualidade de vida da população e para o próprio desenvolvimento pleno da economia nacional, nas indústrias ou no agronegócio, por exemplo.
Sendo a mais antiga universidade em funcionamento no país, a UFPR atende uma comunidade com mais de 33 mil alunos, em 164 cursos de graduação e 89 programas de pós-graduação com 89 mestrados e 61 doutorados, além de 45 cursos de especialização e profunda inserção na nossa comunidade em 392 projetos e programas de extensão.
Contamos com o diálogo com as instâncias competentes do governo federal para continuar atendendo a comunidade paranaense, como temos feito há mais de 106 anos, sem o perigo de interrupção das nossas atividades, o que acarretará prejuízos imensuráveis para os nossos estudantes e para a sociedade.
Nossa universidade é pautada pela tolerância, pluralidade, inclusão social e é destaque entre as melhores universidades brasileiras, como demonstra os mais sérios rankings nacionais e internacionais: https://bit.ly/2DKfCCG”