A propaganda é a alma do negócio. A expressão prevalece nesta semana nas atitudes e anúncios feitos pelo governador Beto Richa (PSDB), no Paraná. Desde segunda-feira (16), ficou ainda mais notória a preferência da gestão governamental. Vida ao marketing e propagandas para que os(as) paranaenses acreditem nas intenções de cortar gastos e equilibrar o orçamento estadual.
Os fins não justificam os meios. Os reflexos de algumas medidas impostas vão recair diretamente na qualidade do ensino da rede pública. Da teoria à prática, diminuiu o número de professores(as) para, supostamente, resolver a crise econômica instaurada no Estado.
Sob esta ótica de ajuste fiscal, é permitido gastar até R$120 milhões, por 12 meses, com cinco agências de publicidade durante o ano de 2017. Confira o Edital de Concorrência Pública (Veja aqui). Valor este que seria suficiente para manter a hora-atividade como está, e assim, permaneceria a contratação – que é necessária – de mais de sete mil professores(as). Em média, os gastos somariam R$128 milhões a favor da educação e da qualidade do ensino. Esse valor, pode chegar a R$ 200 milhões, se calculados salários, auxílio-transporte e encargos, caso o governo deixe de contratar os(as) 7 mil professores(as).
A realidade é triste. Pois, de acordo com as alterações anunciadas, cada professor(a) terá duas horas a menos de hora-atividade. Agora, para cada 20 aulas distribuídas, somente cinco serão como hora-atividade. Informe-se sobre a Lei do Piso Salarial Profissional Nacional (Nº 11.738/2008) e entenda mais sobre o critério de hora-atividade.
A APP-Sindicato continua na luta e questiona: qual é o melhor investimento a ser aplicado? Priorizar a publicidade é divulgar informações que o governo pode usar futuramente em propagandas, principalmente em ano eleitoral. É mais fácil usar o jogo de imagens para comover do que investir em educação, responsável também pelo processo de formação dos(as) jovens.
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